O deputado Marquinhos Madeira (PMDB) usou a tribuna do plenário da Assembleia, na tarde desta terça-feira (21), para criticar a operação policial realizada na última quarta-feira. O deputado classificou a ação como perseguição política e show midiático.
Assim como disse em nota enviada à imprensa no dia do cumprimento de mandado em seu gabinete, Marquinhos Madeira voltou a dizer que nunca foi notificado nem intimado para entregar o atestado médico que, segundo ele, estava na Casa desde 2012. Para o deputado, o aparato foi montado para denegrir sua imagem.
“Isto é uma amostra clara de perseguição política, onde a autoridade policial usou o Estado para fazer um show midiático. O que aconteceu aqui nesta Casa foi um show midiático. Vi meu nome sendo injustiçado e divulgado pela mídia. Qual o intuito de avisar antecipadamente a toda a imprensa sobre a operação? Abrilhantar a festa, ou simplesmente denegrir a minha imagem e da casa perante à sociedade. Não vejo a necessidade de usar um aparato tão grande contra uma Casa que não ofereceria resistência a um mandado judicial”, declarou Madeira.
O parlamentar voltou a dizer que o atestado entregue à Mesa foi assinado por um médico com registro no Conselho Regional de Medicina, solicitando o afastamento para tratamento de labirintite. “Me afastei na época para tratar uma labirintite. Isso não significa que eu precisava ficar internado, ou que eu estava morrendo. Se apegaram a uma foto que tirei durante uma comemoração entre amigos e eleitores após uma prova de rally”, disse.
Além disso, desmentiu a informação de que teria sido intimado ou que não teria sido encontrado pelas autoridades e disse que não era bandido, nem estelionatário.
“Qual seria a dificuldade de me encontrar durante esses quatro anos? Se chegasse qualquer delegado, oficial de justiça, eu teria atendido no gabinete. Porque justo agora, às vésperas de um julgamento no TER reacenderam esse assunto? Quem tem a ganhar com isso? Está se tornando evidente que venho sofrendo a perseguição de pessoas que se beneficiariam com uma eventual cassação do meu mandato. Não sou bandido, nem cometi improbidade, estelionato, falsificação. Muito pelo contrário, sou representante legítimo”, declarou.