Em reunião realizada nesta quarta-feira (6), entre a Superintendência de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater-AL) e a Superintendência de Medidas Socioeducativas da Secretaria de Prevenção à Violência (Seprev) foi firmada parceria entre os dois órgãos para a realização de um projeto piloto que cultivará hortas no Complexo de Unidades Socioeducativas de Maceió, localizado no bairro do Tabuleiro.
A superintende da Emater-AL Rita de Cassia Lima explica que será feito um planejamento para a construção do projeto-piloto, a partir da visita a área da Unidade onde serão implantadas as hortas. Segundo ela, dependendo da adequação ao local, o projeto pode ser ampliado para construção de quintais produtivos, que além de hortaliças, produz raízes e frutas, de forma agroecológica.
“A Emater-AL vai disponibilizar um técnico para realizar o reconhecimento da área na Unidade, para ver qual projeto pode ser trabalhado no local. Ou uma horta, ou um quintal produtivo que será trabalhado pelos reeducandos. O resultado dessa produção, com orientação técnica, as hortaliças serão consumidas na própria Unidade e os excedentes podem até ser distribuídos para as famílias desses jovens”, afirma a superintendente.
Ainda de acordo com Rita de Cássia, além do trabalho de organização e produção por parte dos jovens, esse trabalho significa também a inclusão social. “É um relevante serviço que a Emater em parceria com a Seprev pode prestar a sociedade”.
Segundo a gerente de Desenvolvimento Integral da Seprev, Cássia Moreno, o objetivo dessa parceria com a Emater é trazer uma realidade educacional, por meio da agricultura para os jovens em conflito com a Lei.
“Eles irão participar da implantação da horta educativa e, nesse caráter pedagógico, visamos aproximar essa questão educacional com o lado disciplinar, através do cuidado com a horta, com a terra, para ajudá-lo no desempenho emocional desse socieducando. Essa é a proposta das medidas socioeducativas, educar, através de disciplina, e acentuar principalmente o lado humano desses jovens”, afirmou a gerente.
O projeto-piloto prevê a implantação de hortas junto a 48 jovens socioeducandos de 15 a 18 anos que estão atualmente no Complexo. Caso a resposta seja positiva, tanto por parte dos reeducandos, quanto dos órgãos e envolvidos, pretende-se ampliar o número de Unidades que receberão o projeto.