Durante a comemoração do dia do socorrista, o supervisor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Lucas Casado, lembrou que a unidade precisa urgentemente de nova frota de veículos para melhorar o atendimento às vítimas em Alagoas. A afirmação foi dada na manhã desta segunda-feira (11), durante o simulado de acidente automobilístico realizado no Estacionamento de Jaraguá, no bairro de mesmo nome.
De acordo com Casado, o corpo técnico do Samu possui aproximadamente 400 funcionários, o que não seria um número ruim, mas a frota de veículos de suporte básico chega a ter uma defasagem. “Esse número de socorristas é aceitável, não tenho problema quanto a isso, o meu problema é em relação à frota que está envelhecida e que o Ministério da Saúde já informou que não vai investir”, destaca o supervisor.
Os veículos são necessários para atender a demanda de acidentes que ocorrem diariamente em Maceió e no interior. Ainda segundo o supervisor, eles precisam estar sempre com a manutenção em dia, já que a urgência do atendimento pode fazer a diferença entre a vida e a morte.
Uma alternativa nesse sentido vem sendo as motolâncias, anunciadas pelo governador Renan Filho (PMDB) como reforço para Arapiraca, ainda no início do mês. O serviço já atua em Maceió. Ainda em janeiro deste ano, pelo menos cinco das 12 ambulâncias que circulam na capital estavam fora de serviço comprometendo cerca de 50% do serviço. O motivo para a paralisação dos veículos foram as constantes manutenções.
Apesar do problema, segundo a assessoria do Samu, nos últimos 90 dias o órgão recebeu três novas ambulâncias. A manutenção que é dada é corretiva e preventiva.
Treinamento
No treinamento realizado no Estacionamento do Jaraguá, cerca de 60 profissionais entre socorristas do Samu, Corpo de Bombeiros e membros da ONG Salve participaram do simulado que envolve dois automóveis e dez vítimas.
“Mobilizamos aqui novos profissionais e antigos. É um acidente com múltiplas vítimas, sendo dois carros. Vamos avaliar aqui a rapidez do atendimento e o tempo resposta dos profissionais”, diz a coordenadora de enfermagem Patrícia Castro.
Ainda segundo Patrícia Castro, Alagoas é o único estado que trabalha com esse modus operandi, em que o socorro das vítimas é realizado de maneira integrada pelos órgãos envolvidos como o Samu, o Corpo de Bombeiros e até as equipes de Grupamento Aéreo.