TRT quer que a Casal faça proposta aos trabalhadores
Mais uma vez a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) não apresentou proposta de reajuste salarial dos seus servidores, compromisso que havia assumido na audiência de conciliação e instrução em dissídio coletivo realizada no último dia 27 de junho no Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (TRT/AL). A audiência desta quarta-feira (13.07) foi conduzida pela desembargadora Eliane Arôxa, presidente em exercício do TRT/AL.
Durante a audiência, os representantes da Companhia alegaram que ainda não receberam autorização do governo do Estado para informar o percentual de reajuste e solicitaram mais 30 dias para apresentar a proposta à categoria. Após consenso entre as partes, o Sindicato dos Urbanitários decidiu que manterá a suspensão da greve. A desembargadora Eliane Arôxa designou nova audiência para o dia 15 de agosto, na qual deverá ser apresentada a proposta de conciliação, caso contrário o dissídio irá para julgamento pelo Pleno do TRT/AL.
O presidente da Casal, Wilde Clécio Falcão, destacou que os trabalhadores não teriam prejuízo com o pedido de ampliação do prazo para a apresentação da proposta, visto que o reajuste será retroativo ao dia 1º de maio, data base da categoria. Falcão também expôs que a Casal vem dando prejuízo ao longo dos últimos 30 anos, acumulando um passivo em torno de um bilhão de reais. Como exemplo, citou a dívida da Companhia com a Eletrobras que, segundo ele, está em torno de 220 milhões de reais. Argumentou também que a diretoria tem a missão de promover sua recuperação econômica e solicitou compreensão e empenho dos funcionários.
Já o presidente do Sindicato, Nestor Powell, argumentou que os relatórios gerencias da Casal apresentaram superávit de R$ 5 milhões. Frisou ainda que a Companhia não necessita de dinheiro do governo, visto que a despesa com pessoal gira em torno de 28%, e que sua arrecadação é bem maior.
