As eliminações de São Paulo e Boca Juniors nas semifinais da Copa Libertadores farão com que a competição volte a ter uma decisão sem equipes de Brasil ou Argentina pela primeira vez em 25 anos. Desde 1991, sempre houve, ao menos, um representante das duas potências disputando o título.
Atlético Nacional, da Colômbia, e Independiente Del Valle, do Equador, são os primeiros a quebrar a hegemonia desde que Colo-Colo, do Chile, e Olimpia, do Paraguai, fizeram a final há 25 anos.
Naquela ocasião, os chilenos, que derrotaram o Boca nas semifinais assim como o Del Valle, acabaram campeões, depois de um empate em 0 a 0 em Assunção e vitória por 3 a 0 em Santiago. Finalista em 2016, o Atlético Nacional também estava naquela semifinal, mas caiu para o Olimpia.
De lá para cá, foram 24 decisões de Libertadores, com 21 participações brasileiras e 12 argentinas. Em sete ocasiões, clubes dos dois países decidiram o torneio e, em outras duas, a final foi entre dois times do Brasil (2005 e 2006) – nunca houve uma disputa 100% argentina na competição.
Nos últimos 25 anos, o Brasil conquistou 12 títulos, e a Argentina outros nove. Olimpia, do Paraguai, em 2002; Once Caldas, da Colômbia, em 2004; LDU, do Equador, em 2008, foram as “exceções”.
Além da quebra de hegemonia, a final entre Atlético Nacional e Independiente Del Valle marca a primeira vez que a Libertadores será decidida entre equipes da Colômbia e do Equador.
Os colombianos, campeões em 1989, quebraram um jejum de 20 anos longe da final ao bater o São Paulo, já que não decidiam a competição desde 95, quando perderam para o Grêmio. Há 11 anos, o Once Caldas havia sido o último time do país a decidir a Libertadores.
Já o Del Valle, estreante em finais, recolocou o Equador na decisão desde o título da LDU. Além de 2008, o país disputou o título sul-americano outras duas vezes, ambas com o Barcelona de Guayaquil, mas ficou com o vice tanto em 1990 (derrota para o Olimpia), como em 1998 (Vasco).
