Vitória e Santos fizeram um jogo bastante agitado neste domingo, no Barradão, válido pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Santos esteve duas vezes na frente do placar, mas o Vitória foi buscar o empate. Na reta final do confronto, Jean Mota balançou a rede e decretou o triunfo da equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior: 3 a 2.
O Santos abriu o placar da partida aos 19 minutos do primeiro tempo. Vitor Bueno recebeu dentro da área pela direita de Copete e mandou para o fundo da rede, sem chances para o goleiro do Vitória. Aos 30, porém, o time da casa chegou ao empate. Após cruzamento de Euller pela esquerda, Kanu subiu na área e cabeceou para deixar tudo igual.
Mas a equipe baiana mal teve tempo para comemorar. Aos 32 minutos, Caju cruzou pela esquerda e Copete cabeceou na área, mandando para o fundo da rede. O lance gerou muitas reclamações por parte do time do Vitória. Os baianos alegaram que o árbitro estava conversando com o técnico Dorival Júnior no momento em que o Santos bateu a falta que resultou no gol. No intervalo, o atacante Dagoberto desabafou contra a arbitragem e a CBF, sendo advertido com o cartão amarelo.
Já na segunda etapa, o Vitória buscou o empate de novo. Aos 26 minutos, após cruzamento de Kieza pela direita, Vander completou para a rede. Mas o dia era mesmo santista. Aos 37, Copete avançou pela esquerda e cruzou para área. Vitor Bueno, na direita, ajeitou para o meio. Jean Mota, então, concluiu para definir a vitória paulista fora de casa.
Com o resultado positivo no Barradão, o Santos chega aos 29 pontos, no quarto lugar. O time de Dorival Júnior está apenas um ponto atrás de Corinthians e Grêmio, segundo e terceiro colocados, respectivamente. O Palmeiras é o líder com 32. Já o Vitória permanece com 19 pontos, em 13º lugar, mais perto da zona de rebaixamento.
Na próxima rodada, os comandados de Dorival Júnior terão pela frente o Cruzeiro, domingo, às 16h (de Brasília), na Vila Belmiro. Antes, porém, decidem uma vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil contra o Gama, também na Vila, na quarta-feira. O time empatou por 0 a 0 fora de casa e se classifica com uma vitória simples. Os comandados de Vágner Mancini, por sua vez, visitam o Figueirense, no sábado, às 16h (de Brasília), no Orlando Scarpelli.
Santos domina e abre vantagem
Copete desceu pelo lado esquerdo, Caju fez a ultrapassagem, mas o meio-campista resolveu fazer o cruzamento para a área. Vitor Bueno apareceu em boa condição, contou com a falha do lateral esquerdo Euller, que furou o corte, e, já na pequena área, tocou por cima do goleiro Caíque para abrir o placar, aos 20 minutos.
O Santos poderia ter aumentado logo na sequência. Ricardo Oliveira aproveitou erro de Victor Ramos, recebeu passe de Vitor Bueno no campo de ataque e ficou no mano a mano com Kanu já na intermediária. Com calma, conduziu até dentro da área, limpou para o pé esquerdo e tentou driblar Caíque, mas o arqueiro saiu bem do gol e fez a defesa.
Com sérias dificuldades de criação, os donos da casa viram na bola aérea a chance de vazar o rival. Mesmo só chegando nessas tentativas isoladas, os rubro-negros conseguiram o empate. Ele veio dez minutos depois do gol santista, quando Kanu subiu muito mais alto do que Caju, já quase na pequena área, e cabeceou forte. Vanderlei ainda tocou na bola, mas não evitou o gol.
Quando parecia que o jogo ficaria complicado para o Santos, os visitantes aproveitaram-se da esperteza do seu craque para retomar a dianteira do placar. Lucas Lima sofreu falta e, enquanto o juiz conversava com o técnico Dorival Júnior, viu Caju passar livre pela esquerda e cobrou rapidamente para o defensor, que cruzou e deixou Copete livre para cabecear no contrapé de Caíque.
Pressão do Vitória e herói improvável
O segundo tempo transcorreu sem grandes lances de emoção até os 15 minutos, principalmente por conta da defesa bem postada dos alvinegros. Faltou ao Santos, porém, aproveitar-se do espaço que tinha para contra-ataques, principalmente com Copete, pelo lado esquerdo. Sem ampliar a vantagem, a equipe paulista caiu muito de rendimento quando Ricardo Oliveira saiu para a entrada de Rodrigão.
Chegando ainda sem muita força, o time da casa conseguiu o empate com a mesma receita utilizada no 1 a 1. Caju deu muito espaço na lateral esquerda e Diego Renan conseguiu o cruzamento. Kieza foi muito bem e, mesmo mais baixo que Luiz Felipe, ganhou no alto do zagueiro, desviando a bola e deixando Vander livre, cara a cara com Vanderlei. Mostrando calma, o garoto esperou a saída de Vanderlei e tocou rasteiro para o gol.
A igualdade fez melhorar bastante o time do Vitória, empurrado pelo “vamos vira, Nêgo” entoado pela torcida na arquibancada. O terceiro quase veio em novo lance construído pelo lado direito, com Diego Renan. O defensor chegou à linha de fundo e cruzou na medida para Cárdenas. O armador cabeceou no contrapé de Vanderlei, que praticou excelente defesa.
O panorama desfavorável parecia trágico para o Santos quando Lucas Lima sentiu lesão na coxa esquerda e pediu para sair, mas a dupla Copete e Vitor Bueno novamente mostrou-se efetiva.
O colombiano recebeu pela esquerda, cruzou forte e, em cima da linha de fundo, Bueno conseguiu ajeitar para trás. Jean Mota, que acabara de entrar, chegou chutando forte e deu aos santistas o triunfo
FICHA TÉCNICA:
VITÓRIA 2 X 3 SANTOS
Local: Estádio Barradão, em Salvador (BA)
Data: 23 de julho de 2016, sábado
Horário: 18h30 horas (de Brasília)
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (Asp. Fifa-PA)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Celso Luiz da Silva (MG)
Público: 9.244 pagantes
Renda: R$ 139.965,00
Cartões amarelos: José Welison, Willian Farias e Dagoberto (Vitória); Ricardo Oliveira e Gustavo Henrique (Santos)
Gols:
VITÓRIA: Kanu, aos 30 minutos do primeiro tempo, Vander, aos 26 minutos do segundo tempo
SANTOS: Vitor Bueno, aos 20, e Copete, aos 32 minutos do primeiro tempo. e Jean Mota, aos 37 minutos do segundo tempo
VITÓRIA: Caíque; Diego Renan, Victor Ramos, Kanu e Euller; Willian Farias (Tiago Real), José Welison e Serginho (Cárdenas); Dagoberto (Ramallo), Vander e Kieza. Técnico: Vágner Mancini
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Caju; Renato, Léo Cittadini (Jean Mota) e Lucas Lima (Fernando Medeiros); Vitor Bueno, Copete e Ricardo Oliveira (Rodrigão). Técnico: Dorival Jr