“Eu errei, me arrependi e me sinto mal com isto. Este pedido de desculpas vai a todos os brasileiros que se ofenderam com a brincadeira da “peleumonia”. Sr. José Mauro hoje tornou-se meu amigo”, escreveu o médico Guilherme Capel ao lado de uma foto em que aparece abraçado a José Mauro de Oliveira Lima.
O mecânico de 42 anos foi o último paciente a ser atendido pelo médico na última quarta-feira (27) no Hospital Santa Rosa de Lima, em Serra Negra (SP), e havia se sentido ofendido com uma foto também publicada pelo médico no Facebook com o seguinte dizer: “Não existe peleumonia e nem raôxis”. O reencontro dos dois aconteceu na tarde deste domingo (31), na casa do mecânico. Além do pedido de desculpas, Guilherme se ofereceu para ser médico da família. Os dois conversaram e resolveram a questão.
“Fui até a casa do mecânico que virou símbolo nacional. Diante da exposição ao hospital Santa Rosa de Lima de Serra Negra gostaria também de me retratar. Como prova disso, fico à disposição da ONG que ajuda este hospital para realizar plantões voluntariados nos quais todo o dinheiro arrecadado será destinado a ONG que ajuda este hospital. Este sou eu: Guilherme Capel Pasqua”.
Ao fim da publicação, o médico deixou o telefone (19) 38924946 para quem também quiser doar para a ONG Reviver.
Desculpas aceitas
Diagnosticado com pneumonia na quarta-feira, José Mauro ainda se recupera da doença, mas diz se sentir melhor. Ele conta que a visita inesperada foi bem vista por toda a família.
“Ele veio esclarecer o mau entendido, pediu desculpas e eu desculpei. Ele é uma pessoa boa, que teve um momento errado. Ele é novo e vai aprender com o tempo. Não foi nada que a gente não possa perdoar”, contou José.
Depois do encontro, ele diz esperar encontrar o médico novamente no Hospital Santa Rosa de Lima. “Ele é muito bom médico. Minha patroa também acha ele um bom médico e ele nos atendeu bem. Foi uma brincadeira de mau gosto. Espero que ele volte a trabalhar no hospital de novo”.
Vídeo
Ontem o médico já havia enviado ao G1 um vídeo onde pedia desculpas a todos que haviam ficado ofendidos com a foto em que debochava dos pacientes do hospital e reforçou que não havia endereçou a brincadeira a um paciente específico.
“Dizer peleumonia, raôxis não desmerece ninguém. Português varia de acordo com o contexto social. Repito, foi uma brincadeira infeliz, não endereçada a ninguém, a nenhum paciente. Criaram um personagem que não existe. Quero dar um último recado para o Brasil. Quero sim que vocês odeiem sim o preconceito, quero que vocês odeiem pessoas que diminuam o próximo, mas não me odeiem porque esse, não sou eu”, diz no vídeo.
Sindicância
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) abriu na sexta-feira (29) uma sindicância para apurar a atitude do médico. O processo pode levar de seis meses a dois anos para ser concluído.
O primeiro passo da sindicância é averiguar os fatos denunciados, coletar provas (prontuários, receitas, laudos e outros documentos), uma manifestação escrita e, sempre que necessária, audiência com os envolvidos.
Se forem constatados indícios de infração ética, que consiste no descumprimento de algum artigo do Código de Ética Médica, passa-se à segunda fase: a instauração do processo ético-profissional. Sem indícios, a denúncia é arquivada.
Ao ser considerado culpado, o profissional poderá receber uma das cinco penas disciplinares aplicáveis, previstas em Lei, pela ordem de gravidade:
A pena A prevê uma advertência confidencial em aviso reservado; a pena B, censura confidencial em aviso reservado; a C censura pública em publicação oficial; a pena D, suspensão do exercício profissional por até 30 dias e a pena E prevê a cassação do exercício profissional.
Após ofender paciente na web, médico anuncia trabalho voluntário
Médico também se ofereceu para cuidar de toda a saúde da família.
Encontro aconteceu na casa do paciente, que o perdoou.
“Eu errei, me arrependi e me sinto mal com isto. Este pedido de desculpas vai a todos os brasileiros que se ofenderam com a brincadeira da “peleumonia”. Sr. José Mauro hoje tornou-se meu amigo”, escreveu o médico Guilherme Capel ao lado de uma foto em que aparece abraçado a José Mauro de Oliveira Lima.
O mecânico de 42 anos foi o último paciente a ser atendido pelo médico na última quarta-feira (27) no Hospital Santa Rosa de Lima, em Serra Negra (SP), e havia se sentido ofendido com uma foto também publicada pelo médico no Facebook com o seguinte dizer: “Não existe peleumonia e nem raôxis”. O reencontro dos dois aconteceu na tarde deste domingo (31), na casa do mecânico. Além do pedido de desculpas, Guilherme se ofereceu para ser médico da família. Os dois conversaram e resolveram a questão.
“Fui até a casa do mecânico que virou símbolo nacional. Diante da exposição ao hospital Santa Rosa de Lima de Serra Negra gostaria também de me retratar. Como prova disso, fico à disposição da ONG que ajuda este hospital para realizar plantões voluntariados nos quais todo o dinheiro arrecadado será destinado a ONG que ajuda este hospital. Este sou eu: Guilherme Capel Pasqua”.
Ao fim da publicação, o médico deixou o telefone (19) 38924946 para quem também quiser doar para a ONG Reviver.
Desculpas aceitas
Diagnosticado com pneumonia na quarta-feira, José Mauro ainda se recupera da doença, mas diz se sentir melhor. Ele conta que a visita inesperada foi bem vista por toda a família.
“Ele veio esclarecer o mau entendido, pediu desculpas e eu desculpei. Ele é uma pessoa boa, que teve um momento errado. Ele é novo e vai aprender com o tempo. Não foi nada que a gente não possa perdoar”, contou José.
Depois do encontro, ele diz esperar encontrar o médico novamente no Hospital Santa Rosa de Lima. “Ele é muito bom médico. Minha patroa também acha ele um bom médico e ele nos atendeu bem. Foi uma brincadeira de mau gosto. Espero que ele volte a trabalhar no hospital de novo”.
Vídeo
Ontem o médico já havia enviado ao G1 umvídeo onde pedia desculpas a todos que haviam ficado ofendidos com a foto em que debochava dos pacientes do hospital e reforçou que não havia endereçou a brincadeira a um paciente específico.
“Dizer peleumonia, raôxis não desmerece ninguém. Português varia de acordo com o contexto social. Repito, foi uma brincadeira infeliz, não endereçada a ninguém, a nenhum paciente. Criaram um personagem que não existe. Quero dar um último recado para o Brasil. Quero sim que vocês odeiem sim o preconceito, quero que vocês odeiem pessoas que diminuam o próximo, mas não me odeiem porque esse, não sou eu”, diz no vídeo.
Sindicância
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) abriu na sexta-feira (29) uma sindicância para apurar a atitude do médico. O processo pode levar de seis meses a dois anos para ser concluído.
O primeiro passo da sindicância é averiguar os fatos denunciados, coletar provas (prontuários, receitas, laudos e outros documentos), uma manifestação escrita e, sempre que necessária, audiência com os envolvidos.
Se forem constatados indícios de infração ética, que consiste no descumprimento de algum artigo do Código de Ética Médica, passa-se à segunda fase: a instauração do processo ético-profissional. Sem indícios, a denúncia é arquivada.
Ao ser considerado culpado, o profissional poderá receber uma das cinco penas disciplinares aplicáveis, previstas em Lei, pela ordem de gravidade:
A pena A prevê uma advertência confidencial em aviso reservado; a pena B, censura confidencial em aviso reservado; a C censura pública em publicação oficial; a pena D, suspensão do exercício profissional por até 30 dias e a pena E prevê a cassação do exercício profissional.