O governador Renan Filho (PMDB) afirmou, em entrevista concedida na manhã desta terça-feira (2), que “não há terrorismo” quanto à garantia do pagamento salarial de servidores até dezembro deste ano.
O governador foi duramente criticado ontem pela presidente da Central única dos Trabalhadores (CUT), Rilda Alves, que chamou a projeção de uma tentativa de “coagir e de fazer terrorismo com os servidores”.
Em resposta, Renan Filho voltou a afirmar que o momento é difícil para o Brasil, mas que o Estado está empenhado unicamente em manter em dia o pagamento da sua folha salarial, bem como o seu reajuste previsto anualmente.
“Não tá fácil, porque a lei diz que Alagoas não pode pagar até 49% acima disso pois se não incorre na Lei de Improbidade, e por isso alguns estados estão sem condições de pagar. As pessoas acham então que é só dar um jeitinho que dá, se fizermos assim Alagoas vai quebrar”, avisa Renan Filho.
Ainda segundo o governador, se a negociação da dívida pública for aprovada garantirá imediante o pagamento dos servidores até o final do ano. “Mas a economia é uma coisa muito imediata e o cenário é suscetível a mudanças”, diz Renan Filho.
Renan citou ainda o déficit do Estado que chega a pagar cifras equivalentes a “duas Assembleias Legislativas” para ficar quitado mensalmente. O governador destacou também a necessidade do Brasil em discutir questões importantes e que possuem impacto na receita, como a Reforma da Previdência, o que não vem ocorrendo.