Vieram a público recentemente detalhes arrepiantes da vida diária de Heinrich Himmler, o chefe da SS nazista que mandou milhares de judeus para a morte no Holocausto.
O tabloide alemão Bild está publicando uma série de trechos do diário de guerra de Himmler, recentemente descobertos na Rússia.
Um dia, escreveu Himmler, ele recebeu uma massagem antes de ordenar a execução de dez poloneses. Ele também relata ter curtido um lanche no campo de concentração de Buchenwald.
Ele ainda conta no diário ter ordenado que cães fossem treinados para “despedaçar pessoas” no campo de concentração de Auschwitz.
Historiadores devem publicar os diários em um livro no ano que vem, com notas explicativas.
Himmler estava no círculo mais próximo de Adolf Hitler e tinha o título e de “Reichsfuehrer SS”. Ele comandou os esquadrões que assassinaram judeus, poloneses, soviéticos, ciganos e outros grupos classificados como “racialmente inferiores”.
Os diários estão sendo estudados pelo Instituto Histórico Germânico de Moscou. Eles cobrem os anos de 1938, 1943 e 1944 e foram achados em um arquivo do Ministério da Defesa da Rússia em Podolsk, uma cidade ao sul de Moscou.
Historiadores já haviam examinado os diários de Himmler referentes aos anos de 1941, 1942 e 1945 – mas eles não sabiam da existência dos outros até recentemente.
A descoberta é considerada muito importante e os diários têm sido comparados aos do chefe de propaganda nazista Joseph Goebbels.
O pesquisador alemão Matthias Uhl disse que ficou impressionado ao constatar que Himmler dedicava grande preocupação com o bem estar de seus colegas da SS, familiares e amigos – enquanto implementava meticulosamente assassinatos em massa.