Categorias protestam contra reformas trabalhistas propostas por governo interino

João Urtiga / Alagoas 24 HorasPaulo Roberto (à dir) informa que pacote de reformas é o mesmo aplicado na França e que gerou revolta nos trabalhadores.

Paulo Roberto (à dir) informa que pacote de reformas é o mesmo aplicado na França e que gerou revolta nos trabalhadores. (Foto: João Urtiga / Alagoas 24 Horas)

Como parte de uma grande mobilização nacional contra a privatização da Petrobras, petroleiros realizam nesta terça-feira (16) uma paralisação de 24 horas das atividades. Os trabalhadores se reúnem em frente ao Centro de Estudos de Pesquisas Aplicadas (Cepa), e devem seguir em passeata junto a outras entidades até a Casa da Indústria, no Farol. A classe critica as reformas trabalhistas propostas pelo governo do presidente interino Michel Temer (PMDB,) por meio do Projeto de Lei 257, que visa estabelecer um novo controle fiscal dos gastos públicos ao promover terceirizações nos setores.

De acordo com Paulo Roberto, assistente político do Sindicato dos Petroleiros de Alagoas (Sindipetro-AL), o movimento conta com apoio de quase a totalidade dos 500 trabalhadores da Petrobras atuantes em Alagoas. A luta é contra o risco da privatização e consequente perda dos direitos trabalhistas, bem como dos empregos. “Hoje em dia se você for observar são 180 mil empregos a menos na Petrobras em todo o Brasil, por isso realizamos esse ato. A Petrobras está sendo fatiada. O serviço público como um todo está sendo entregue ao capital privado e estrangeiro”, disse Paulo Roberto.

Endossam o movimento dos petroleiros, membros do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Conlutas, Central de Trabalhadores do Brasil (CTB) e diversos movimentos de campo. Depois do ato realizado hoje, os petroleiros devem decidir se devem ou não aderir a uma possível greve geral. “Essa série de pacotes de reformas trabalhistas já foram aplicadas em outros países como na França [onde ocorrem protestos similares] e foram adiadas pelo Temer para dezembro, por conta do período de eleições, mas estamos nos mobilizando antes”, destaca Paulo Roberto.

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