Três homens suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em roubo a banco foram apresentados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública na manhã desta segunda-feira (22), durante coletiva ocorrida na sede da secretaria, no Centro. O trio é acusado de cometer roubos em diversas cidades do Nordeste, Paraná e Minas Gerais e planejava cometer mais um em São José da Laje. Os envolvidos foram presos na quinta-feira (18).
De acordo com o delegado Vinicius Ferrari, da Seção de Roubo a Bancos da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), os integrantes foram descobertos após uma ação de rotina realizada pela Polícia Militar na BR-104, próximo a São José da Lage, quando uma Parati de cor branca foi abordada pelos militares. “Os policiais desconfiaram do carro parado na rodovia e realizaram a abordagem para saber o que ocorria”, disse o coronel Walter do Valle, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar.
Com isso, a polícia conseguiu prender Paulo Victor Lopes Monteiro, de 29 anos, conhecido como “Bebê” e José Dorgival Pereira, de 33 anos, o “Dogi”. Dentro do carro dos dois estavam uma pistola .40 com numeração raspada e um revólver calibre 38 com seis munições.
O que parecia uma simples prisão por porte ilegal de arma de fogo, mudou de rumo após o caso ter sido levado ao delegado regional Isaias Rodrigues, que investigou os antecedentes dos mesmos. “Ele suspeitou dos rapazes e acionou a Deic para investigar. Levamos adiante e prendemos o terceiro envolvido, que é carioca e membro de uma facção criminosa que atua no Rio de Janeiro”, disse o delegado Vinicius Ferrari.
O suspeito que o delegado mencionou é José Gilson Correia de Melo, de 49 anos, o “Lock”. José Gilson é tido como um dos gerentes da operação para o roubo a bancos junto com Paulo Victor Lopes, que é natural de São Paulo. “O José Dorgival é alagoano e seria o responsável pela logística aqui em Alagoas. Pontos de fugas, etc. Eles admitiram também que roubaram bancos em cidades na Paraíba, Paraná, Minas Gerais e Brasília”, disse o delegado.
Ao todo foram apreendidas além das duas armas, ferramentas utilizadas em arrombamentos como pés-de-cabra, balaclavas e uma serra copo. “Eles tinham por costume passar em média quatro meses em cada estado e pretendiam assaltar uma agência do Banco do Brasil da cidade antes de serem interceptados”, garante o delegado.