A depender do julgamento das ações interpeladas junto à Justiça Eleitoral, algumas mudanças acontecerão em pelo menos três municípios alagoanos. Nas cidades de Maragogi, Pão de Açúcar e Pilar, os candidatos eleitos Sérgio Lira, Dr. Flavinho e Renato Rezende, distribuíram o “Bolsa Voto”, estratégia que consistia em prometer aos portadores dos cartões o acesso a uma espécie de Programa Bolsa Família municipal.
A estratégia foi lançada pelo marqueteiro das campanhas, Tadeu Lira, que implantou a mesma ideia nos municípios em que coordenou, influenciando diretamente na opinião de milhares de famílias carentes, prometendo o acesso ao benefício em troca dos votos.
Em Maragogi, com tiragem de cinco mil unidades, os cartões traziam no verso, a simulação de uma tarja eletrônica com o nome e número do candidato. Nos lugares onde eram distribuídos, a informação era de que a partir de janeiro, cada maragogiense de baixa renda receberia um benefício em dinheiro.
Outra denúncia, que pode enquadrar Sérgio Lira em crime eleitoral, é o fato de que o médico realizou em sua residência diversos atendimentos médicos gratuitos com consultas e prescrição de medicamentos. O fato foi confirmado pelo próprio pré-candidato, que ao conceder uma entrevista na rádio Maragogi FM, mencionou que desde o dia 4 de maio – quando voltou a se instalar no município, sua residência havia se transformado em uma “UPA II”.
A assessoria jurídica da coligação do seu opositor, Marcos Madeira (PMDB) ingressou com uma ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) por captação ilícita de sufrágio, ‘compra de votos’.
Defesa
Os prefeitos eleitos de Pilar, Renato Filho, de Pão de Açúcar, Flavinho Almeida, e de Maragogi, Fernando Sérgio Lira, têm total confiança na Justiça Eleitoral e estão tranquilos sobre a forma como foram conduzidas as campanhas eleitorais.
Os questionamentos foram feitos por candidatos derrotados, os quais os grupos se agarravam no poder há mais de uma década. A notícia de que os prefeitos eleitos vão abrir as caixas pretas, com uma auditoria dos últimos cinco anos, criou um clima de desespero diante da iminente denúncias de velhas práticas
O Bolsa Viva Bem, programa municipal de transferência de renda, questionado na Justiça, foi registrado em cartório, amplamente publicizado em diversos suportes midiáticos, e é totalmente amparado juridicamente. Tudo foi feito às claras e com base na lei.
O programa é um compromisso que será cumprido, após os trâmites legais, nos mandatos dos três prefeitos.
Os prefeitos eleitos têm plena confiança na Justiça Eleitoral e sabem da missão que terão pela frente em melhorar a vida de milhares de pessoas que vivem na linha da pobreza extrema.