Franceses que vivem nos Estados Unidos já comparecem às urnas para votar no segundo turno das eleição presidencial francesa. Na foto, eleitor vota no Consulado Francês em Nova York na manhã deste sábado

ReutersFranceses que vivem nos Estados Unidos já comparecem às urnas para votar no segundo turno das eleição presidencial francesa. Na foto, eleitor vota no Consulado Francês em Nova York na manhã deste sábado

Franceses que vivem nos Estados Unidos já comparecem às urnas para votar no segundo turno das eleição presidencial francesa. Na foto, eleitor vota no Consulado Francês em Nova York na manhã deste sábado

O segundo turno das eleições presidenciais da França já começou neste sábado (6) nos territórios ultramarinos e também para cidadãos franceses que estão no continente americano. Enquanto isso, na França, o clima é marcado pelas repercusões do ataque hacker que levou ao vazamento de milhares de documentos da campanha do candidato Emmanuel Macron e também pela preocupação com a segurança do país neste domingo, quando os franceses vão às urnas.

Mais de 50 mil policiais e gendarmes, agentes subordinados ao Ministério da Defesa francês, trabalharão na segurança. Eles também terão o apoio de 7 mil militares mobilizados para a operação antiterrorista Sentinelle e de guardas municipais.
De acordo com o Ministério do Interior, a mobilização será semelhante à feita no primeiro turno, em 23 de abril. Na ocasião, nenhum incidente importante foi registrado. Mas a detenção de um homem radicalizado que pretendia atacar uma base militar na Normandia, nesta sexta-feira, colocou as forças de segurança em estado de alerta máximo.
Em Paris
Na capital francesa, os 896 colégios eleitorais serão vigiados por agentes municipais e seguranças particulares, das 7h às 23h (horário local), explicou o vice-prefeito de Paris, Bruno Julliard, à emissora “BFMTV”. Eles se somarão aos 12 mil policiais e militares mobilizados em Paris, sendo 5 mil dedicados integralmente a garantir a segurança das votações e a ordem pública.
A principal preocupação, no momento, é com as comemorações que podem ocorrer após os resultados. O local ainda não foi anunciado oficialmente, mas equipes de segurança também serão enviadas para lá.
O partido “En Marche!”, fundado pelo candidato social liberal Emmanuel Macron – que disputará o pleito com a ultradireitista Marine Le Pen -, denunciou neste sábado que um de seus escritórios em Lyon foi atacado na noite desta sexta-feira por militantes da extrema direita, que lançaram bombas de fumaça em seu interior.

De acordo com o jornal “Le Progrès”, 15 supostos integrantes da Gud – organização estudantil de extrema direita – invadiram o local, onde estavam quatro pessoas, jogaram bombas e espalharam folhetos com a imagem de Emmanuel Macron. Segundo a publicação, ninguém ficou ferido.
Informações hackeadas
Às vésperas da eleição, a França busca impedir que o vazamento de emails de campanha de Macron, líder da disputa presidencial, influencie o resultado da eleição. A Comissão Nacional de Controle da Campanha Presidencial da França (CNCCEP) alertou a imprensa, neste sábado, para não publicar documentos hackeados e lembrou que a divulgação de informações falsas pode ser uma infração criminal.
A equipe de Macron disse que uma invasão “maciça” havia baixado emails, documentos e informações de financiamento de campanhas online pouco antes do fim da campanha nesta sexta-feira, período em que os políticos são proibidos de se manifestar em público.
“Às vésperas das eleições mais importantes para as nossas instituições, a comissão convida todos os presentes nos sites da internet e nas redes sociais, principalmente os meios de comunicação, mas também todos os cidadãos, a mostrar responsabilidade e não transmitir esse conteúdo, para não distorcer a sinceridade da votação”, disse a comissão eleitoral francesa em um comunicado.
O “Le Monde”, um dos principais jornais franceses, anunciou que não vai publicar o conteúdo dos documentos antes do segundo turno da eleição. Em nota, o veículo afirma que a publicação desses documentos dois dias antes do segundo turno das eleições, horas antes do encerramento da campanha oficial, “visa claramente a perturbar o processo eleitoral em curso”.
O vazamento de dados surgiu em meio a pesquisas indicando que Macron estava a caminho de uma confortável vitória sobre a líder de extrema-direita Marine Le Pen na eleição de domingo, com os últimos levantamentos mostrando seu aumento de liderança.
A comissão, que supervisiona o processo eleitoral, disse depois de uma reunião de emergência marcada neste sábado que os dados foram obtidos de forma fraudulenta e podem ser misturados com informações falsas.

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