Viaduto promete minimizar conflito em cruzamento de grande fluxo na capital

Projeto propõe solução em desnível e aposta na continuação do perfil de tráfego com seis faixas na avenida Fernandes Lima

Adailson CalheirosProjeto do viaduto da PRF prevê construção de passagens elevadas e trincheiras

Projeto do viaduto da PRF prevê construção de passagens elevadas e trincheiras

Uma hora e dezesseis minutos. Este é o tempo médio que os maceioenses perdem diariamente nos deslocamentos casa-trabalho, de acordo com a pesquisa Origem Destino, de 2014. Indo para a parte alta da cidade, o conflito é ainda maior.  Em um dos principais fluxos de cruzamento da região – a rotatória da Policia Rodoviária Federal (PRF) – estão presentes doze movimentos de tráfegos diferentes, chegando a receber em apenas um deles mais de dez mil veículos/hora por dia. (DNIT, 2014)

O problema de congestionamento não é recente, mas a solução está bem próxima de transformar o cotidiano de mobilidade urbana dos moradores e quem visita a capital alagoana. Por meio da Secretaria de Transporte e Desenvolvimento Urbano (Setrand), o Governo do Estado se prepara para colocar em prática um dos projetos mais estratégicos de alternativa viária de Maceió: a implantação do viaduto da PRF, no entrocamento das rodovias federais BR-316 e BR-104.

A ideia é simples e promete reduzir o volume de tráfego no maior ponto de cruzamento da parte alta da cidade. Como a solução em nível da rotatória não estava mais suportando o fluxo de veículos que transitam na região, o projeto chega com a proposta de adotar alternativas em desnível tanto na modalidade de passagem elevada, por meio da construção do viaduto, como na subterrânea com a execução de trincheiras.

“De acordo com a engenharia de tráfego, as rotatórias são criadas a partir de um diâmetro específico e, no caso de Maceió, ela já não é mais capaz de atender à demanda de tráfego naquela área. O uso de semáforos, por exemplo, só iria criar um ciclo de limite de tempo tão grande que o conflito só seria reduzido temporariamente. A nossa melhor aposta é partir para a solução em desnível”, explica a superintendente de Transporte e Mobilidade Urbana da Setrand, Roberta Rosas.

Adailson CalheirosViaduto da Rotatória da Federal

Para a implantação do viaduto da PRF, a presença de um grande número de movimentos conflitantes exigiu mais do que a incorporação de uma passagem elevada. Junto com a execução do viaduto, que se encarregará do fluxo de tráfego mais crítico ligando a avenida Durval de Góes Monteiro ao Aeroporto Zumbi dos Palmares, serão construídos ainda mais dois movimentos de desnível com passagem subterrânea, aliviando o congestionamento nos fluxos avenida Durval de Góes Monteiro/Satuba e Aeroporto/Via Expressa.

Quem segue no trajeto conduzido pelo viaduto terá agora seis faixas elevadas e contínuas, mas livre do conflito de fluxo na passagem de nível. De cada lado, duas delas ficarão voltadas para o deslocamento de carros e motos e a terceira de uso exclusivo do transporte coletivo, garantindo o mesmo perfil de tráfego da Avenida Fernandes Lima. Sua localização, situada acima da rotatória, já foi pensada para atuar também como etapa que precede a futura implantação do corredor de transporte de massa na capital alagoana.

“Todos esses dispositivos de cruzamento de vias são calculados. Mesmo que conseguíssemos eliminar os dois principais movimentos de tráfego, a rotatória ainda não seria capaz de resolver todo o problema de trânsito na região. Por isso, vamos ‘mergulhar’ mais dois movimentos em desnível, que são as trincheiras, e otimizar ainda mais o fluxo de veículos na parte alta de Maceió”, destaca Roberta Rosas.

Pontos de menor fluxo

Adailson CalheirosViaduto da Rotatória da Federal

Os outros oito movimentos restantes, com menor intensidade de tráfego, serão mantidos na rotatória. Como a demanda será reduzida nos quatro maiores pontos de conflito, a solução em nível ficará responsável, sobretudo, pelos deslocamentos de retorno nos cruzamentos Satuba/Satuba, avenida Durval de Góes Monteiro/avenida Durval de Góes Monteiro e Aeroporto/Aeroporto.

Assim como o viaduto, a preservação da rotatória também prevê o projeto de implantação do corredor de transporte de massa. A ideia é que futuramente a rotatória se configure como um terminal de integração entre os veículos coletivos, que irão transitar pela passagem elevada, e os que estarão circulando pelo tráfego de nível.

No total serão executados serviços no raio de 800 metros em torno da rotatória da PRF. Além da construção do viaduto e das trincheiras, a obra contará ainda com a execução de passeios, faixa de pedestre e ciclovia. A implantação do projeto é resultado de um convênio firmado entre o governo estadual e o governo federal, por meio do DNIT/Ministério dos Transportes.

Fonte: Ascom / Setrand

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