Bope é acionado para protesto de rodoviários contra demissões e atraso de pagamentos

Funcionários da Auto Viação Veleiro realizam uma paralisação na manhã desta quarta-feira (15). O fato ocorreu devido a cerca de 80 demissões que teriam sido determinadas pela empresa.

De acordo com Sandro Régis, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro/AL), a paralisação ocorreu devido a uma série de demissões que teriam sido assinadas por funcionários da empresa nessa terça-feira (14). Segundo o líder sindical, a empresa estaria se aproveitando da crise gerado pelo COVID-19 para não pagar direitos trabalhistas.

“Os trabalhadores assinaram o aviso de demissão e lá havia escrito que eles procurassem o governo para receber suas indenizações. Cerca de 80 funcionários chegaram a assinar, mas depois a própria empresa suspendeu essas assinaturas. A empresa Veleiro vem se arrastando e desrespeitando todas as cláusulas da CLT. Ela está se aproveitando da crise do coronavírus e está usando a artimanha de demitir os trabalhadores e mandando receber pelo Governo. Eles estão querendo utilizar o Artigo 486 para demitir e seguir as atividades. Entretanto, este artigo só pode ser utilizado por empresas que irão fechar, devido a isso, o argumento deles não se encaixa. Além disso, a nova MP [Medida Provisória] do Governo Federal concede às empresas diversas soluções para que os empregos sejam mantidos”, explicou.

Cortesia

Sandro Régis informou ainda que a paralisação foi interrompida após a chegada de uma guarnição do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

“Nós realizamos a paralisação, mas pouco tempo depois, uma viatura do Bope chegou e nos mandou voltar ao trabalho. Isso foi algo totalmente desnecessário já que os próprios diretores da empresa poderiam convencer os próprios trabalhadores.”, afirmou.

O Sinttro entrou com uma ação na Justiça do Trabalho com a finalidade da empresa encaixar-se na MP do Governo Federal para garantir os empregos.

“Estamos entrando com uma ação na Justiça para que a empresa se encaixa na MP do Governo Federal e que os empregos dos trabalhadores continuem. Mas, infelizmente, a Veleiro é uma empresa fora da lei e não cumpre os seus deveres”, finalizou.

A reportagem do Alagoas 24 Horas entrou em contato com a direção da Veleiro, mas não obteve êxito.

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