O segundo turno em Macapá entre Josiel Alcolumbre (DEM) e Dr Furlan (Cidadania) acionou o alerta de perigo no governo federal – que se preocupa em conter os danos políticos causados pelo apagão no Amapá sobre a campanha de Josiel, irmão do presidente do Congresso e aliado do Planalto Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Está em estudo no governo a possibilidade de conceder mais benefícios ao Amapá nesse período pós-apagão, como estender a isenção do pagamento da conta de luz e facilitar a indenização de quem teve prejuízos com queima de aparelhos por conta dos picos de energia. Há, ainda, a promessa da construção de uma usina de gás no estado.
O resultado do primeiro turno é visto como uma consequência direta da crise energética no estado, que levou inclusive ao adiamento das eleições em Macapá.
Dr Furlan recebeu 16,03% dos votos válidos e ficou à frente do ex-prefeito e ex-governador Capi (PSB), que obteve 14,94%. Irmão de Davi Alcolumbre, Josiel passou para o segundo turno com 29,47% dos votos válidos.
Deputado estadual e médico, Dr Furlan utilizou nos discursos de campanha o abandono da cidade pelas autoridades, a necessidade de mudança e os altos valores da conta de luz na capital amapaense.
A crise energética, que fez Macapá e quase todas as outras cidades do estado ficarem sem energia por mais de 20 dias, teve impacto na campanha de Josiel – visto como o candidato da continuidade da administração municipal, do governo estadual e do governo federal.
Além de idas ao estado do ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, o presidente Jair Bolsonaro foi a Macapá há poucos dias para acionar, ao lado de Davi Alcolumbre, uma série de geradores que ajudaram a restabelecer o fornecimento de energia.
O governo federal também apresentou uma medida provisória isentando a população do Estado da conta de luz por um mês – os valores serão honrados pelo Tesouro Nacional – e concedeu, ainda, a antecipação de pagamento de benefícios.
