Brasil e Argentina farão mesmo a final da Copa América de 2021. Sempre tratadas como favoritas antes dos torneios, as seleções decidem quem ficará com o título no próximo sábado (10), às 21h (de Brasília), no Maracanã, com transmissão ao vivo da ESPN Brasil.
Em suas redes sociais, o jornal argentino “Olé”, o periódico esportivo mais famoso do país, destacou o tão sonhado duelo entre Lionel Messi e Neymar.
“Não podíamos morrer sem ver isso. Messi e Neymar cara a cara em uma final”, diz a postagem.
Será a primeira vez que os dois ex-companheiros de Barcelona irão se enfrentar em uma final pelas suas seleções.
Em clubes, eles já estiveram frente a frente no Mundial de Clubes de 2011, quando o Santos de Neymar foi goleado por 4 a 0 pelo Barcelona.
O clássico entre os países é bem tradicional, mas não necessariamente na Copa América. Na história do torneio, será apenas a 4ª vez que brasileiros e argentinos disputarão uma final direta entre si. As outras foram em 1937, 2004 e 2007.
O pequeno número de decisões entre os dois é explicado pelo formato antigo da competição. Nas primeiras edições, e em algumas já mais recentes, o campeão era decidido de duas maneiras: uma fase única em que todos os times se enfrentavam ou com a disputa de um triangular ou quadrangular final.
Nesse formato, a Argentina foi campeã sete vezes tendo o Brasil como vice. As conquistas foram nos anos de 1921, 1925, 1945, 1946, 1957, 1959 e 1991. Só houve um duelo direto entre as seleções em 1946 (vitória hermana por 2 a 0, gols de Méndez) e 1959 (empate por 1 a 1, gols de Pizzuti e Pelé).
Já em finais, a vantagem é brasileira, pelas vitórias marcantes e históricas nos dois confrontos mais recentes.
Em 2004, o Brasil mandou ao Peru uma espécie de “equipe B”, sem nenhuma das grandes estrelas da época (Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Kaká e companhia), e encarou a Argentina, também sem vários de seus principais jogadores.
Um empate por 2 a 2, com gol épico de Adriano Imperador praticamente no último lance, levou a decisão para os pênaltis. D’Alessandro e Heinze perderam suas cobranças, enquanto coube a Juan dar o título ao time de Carlos Alberto Parreira.
Três anos depois, de novo com uma equipe sem estrelas, o Brasil encarou uma Argentina absolutamente favorita, com nomes como Juan Román Riquelme, Juan Sebastián Verón, Javier Zanetti, Carlos Tevez e Lionel Messi, ainda um garoto.
A seleção de Dunga não se intimidou e venceu o time de Alfio Basile por 3 a 0, gols de Júlio Baptista, Ayala (contra) e Daniel Alves.
A única vez que a Argentina levou a melhor em uma final direta com o Brasil foi em 1937. Em um jogo desempate após o playoff, a equipe albiceleste venceu a brasileira por 2 a 0, gols de De La Mata.
Além das finais do torneio sul-americano, as duas seleções já se enfrentaram na final da Copa das Confederações em uma ocasião, em 2005. Com alguns medalhões poupados, como Cafu, Roberto Carlos e Ronaldo, o time de Parreira deu show e goleou por 4 a 1, ficando com a taça.