Haiti pede aos EUA e à ONU que enviem militares para reforçar segurança do país

Até o momento, 20 suspeitos do assassinato do presidente Jovenel Moise foram presos e as autoridades ainda buscam cinco foragidos.

O governo do Haiti pediu aos Estados Unidos e à ONU que enviem militares para reforçar a segurança da região depois do assassinato do presidente. A incerteza política aumentou ainda mais a onda de violência no país.

Neste sábado (10), centenas de haitianos foram à embaixada dos Estados Unidos na capital Porto Príncipe na esperança de conseguir um visto humanitário para fugir do país.

Antes mesmo do assassinato do presidente Jovenel Moise nesta semana, o Haiti vivia a pior crise em anos: uma onda de violência armada nas ruas que deixou quase 300 mortos este ano; uma crise humanitária que se agravou com a pandemia, onde ainda nenhuma vacina foi aplicada; e uma grande turbulência política, que vinha se aprofundando há mais de um ano quando Moise dissolveu o Congresso e passou a governar por decreto.

Tradicionalmente o chefe da Suprema Corte preencheria o cargo do presidente, mas o juiz morreu de Covid no mês passado. Agora, dois homens reivindicam o poder: Claude Joseph, primeiro-ministro interino, e Ariel Henry, primeiro-ministro indicado pelo presidente dias antes de ser assassinado, que tomaria posse nesta semana.

Na sexta-feira, um grupo de congressistas reconheceu o chefe do enfraquecido Senado, Joseph Lambert, como presidente, e Henry, como primeiro-ministro, desafiando o governo interino.

Em meio ao caos na transferência de poder, a instabilidade e a violência aumentaram nos últimos dias. E o governo interino do Haiti, reconhecido pelo governo americano, pediu que os EUA, país que ocupou o Haiti por quase 20 anos, enviem tropas para ajudar a proteger a infraestrutura e a população do país.

Os EUA não têm plano de fornecer assistência militar neste momento. Mas a Casa Branca anunciou que vai enviar oficiais do FBI, a polícia federal americana, e do Departamento de Segurança Interna para ajudar nas investigações. O governo americano também defendeu uma eleição no Haiti ainda este ano.

Até o momento, 20 suspeitos foram presos e as autoridades ainda buscam cinco foragidos. O motivo do assassinato ainda não foi revelado.

Fonte: Jornal Nacional

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