São Paulo e Palmeiras iniciam, em grande estilo, as quartas de final da Conmebol Libertadores nesta terça-feira (10), às 21h30, no Morumbi.
Além de defender um histórico altamente positivo contra o rival na Libertadores (seis vitórias, dois empates e três classificações em mata-mata), o São Paulo vai a campo embalado por uma série de coincidências que remetem a 2005, justamente o ano do último título tricolor no torneio.
Veja abaixo as 5 curiosidades que unem o ano do tricampeonato da Libertadores à atual temporada:
Título para sair da fila
Assim como em 2021, o São Paulo também usou o Campeonato Paulista para sair de um jejum de conquistas (bem menor, é verdade). Sem ser campeão desde o Supercampeonato Paulista de 2002, o time do Morumbi vinha de eliminações frustrantes no Brasileirão de 2002 e na Libertadores de 2004.
A virada de chave foi o Paulista em 2005. A equipe de Rogério Ceni, Lugano, Danilo e outros tantos fez uma campanha excelente e venceu o Estadual, na época disputado em turno único e por pontos corridos. A taça tirou um peso dos jogadores e ajudou nas (muitas) conquistas seguintes.
Começo ruim de Brasileiro
A campanha atual do São Paulo no Brasileirão é muito abaixo da expectativa, com o time lutando somente para deixar a zona de rebaixamento e acumulando derrotas. Em 2005, por conta da rodagem do elenco e do foco total na Libertadores, não era muito diferente.
Quando levantou o título sul-americano, em 14 de julho, o Tricolor era o 12º colocado no Brasileiro. E, quando todos esperavam uma arrancada, a campanha ficou pior: oito rodadas sem vencer, com cinco derrotas, empurraram o clube para a zona de rebaixamento. A reação, que dá sinais de começar em 2021, veio só no returno da última vez.
Vitória na Argentina
O São Paulo não costuma se dar bem quando joga na Argentina. E isso assustou muita gente em 2005, quando o clube encarou o River Plate pela semifinal daquela Libertadores. Só que uma vitória com autoridade por 3 a 2, gols de Danilo, Amoroso e Fabão, abriu caminho para o tricampeonato.
Foram mais 16 anos sem vencer na Argentina pela Libertadores. Eis que, nas oitavas de final da atual edição, o Tricolor foi a Avellaneda precisando bater o Racing, após empate por 1 a 1 no Morumbi. E a vitória veio: 3 a 1, gols de Rigoni (dois) e Marquinhos. Muita coincidência?
Estrela a serviço da seleção
Se a convocação de Daniel Alves para disputar as Olimpíadas de Tóquio irritou muita gente pelos lados do Morumbi, por tirar o camisa 10 dos mata-matas de Copa do Brasil e Libertadores, o São Paulo já tinha vivido algo parecido há 16 anos.
Isso porque Cicinho foi convocado por Carlos Alberto Parreira para defender o Brasil na Copa das Confederações. Assim, desfalcou o Tricolor na volta das quartas de final, contra o Tigres, e nos dois jogos contra o River Plate, na semi. O São Paulo passou nos dois confrontos, assim como não precisou de Daniel Alves agora.
Outro lado curioso é que ambos voltaram com título pela camisa amarela…
Palmeiras pela frente
A última coincidência é justamente a desta noite: um confronto com o Palmeiras, que aconteceu em outros três mata-matas da Libertadores. E, claro, em 2005.
Há 16 anos, Cicinho garantiu a vitória por 1 a 0 no antigo Palestra Itália e completou o triunfo por 2 a 0, aberto por Rogério Ceni, no Morumbi. Após despachar o Palmeiras, o São Paulo caminhou até ser campeão sobre o Athletico-PR, na final.
Aliás, sempre que topou com o Palmeiras na Libertadores, o time tricolor foi à final: 1974 (vice para o Independiente), 1994 (vice para o Vélez Sarsfield), 2005 (campeão) e 2006 (vice para o Internacional). Será que a história se repete?
