Cruzeiro seguirá cortes e revisões em contratos até 4 de janeiro; pacote de reforços custaria R$ 2 milhões por mês

FIFA.com

As saídas de Alexandre Mattos, Vanderlei Luxemburgo e demais integrantes da comissão técnica não serão as últimas baixas que a nova gestão do Cruzeiro, chefiada por Ronaldo ‘Fenômeno’, pretende fazer para reduzir dois terços da folha salarial.

A ideia do comitê de transição nomeada pelo ex-atacante, que adquiriu 90% da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) o clube mineiro, é ter tudo definido até 4 de janeiro, ou seja, daqui uma semana. Essa é a data marcada para a reapresentação do elenco, na Toca da Raposa, em Belo Horizonte.

Essa varredura nos contratos inclui todos que fazem parte da folha salarial do Cruzeiro, incluindo os nove reforços já anunciados pelo clube. Segundo apuração do ESPN.com.br com pessoas que participaram das negociações, o pacote de novos jogadores custaria R$ 2 milhões por mês ao clube, valor tido como inviável.

Estão previstos cortes no estafe, dentro do departamento de futebol e também entre os jogadores. Quem não se adequar sairá, seja por empréstimo a outro clube ou em definitivo.

Nem mesmo os reforços estão garantidos. Todos foram oficializados pelo clube desde o encerramento da Série B e possuem vínculo contratual com a Raposa, mas passarão por análise para saber se cabem na nova realidade celeste. Alguns acordos foram desfeitos, outros travaram na troca de minutas de contrato.

Os reforços do Cruzeiro são o goleiro Jailson, o lateral-direito Pará, os zagueiros Maicon e Sidnei, os volantes Fernando Neto, Filipe Machado e Pedro Castro, o meia João Paulo e o atacante Edu. Há também o zagueiro Mateus Silva, ainda não anunciado.

Conforme publicado pelo ESPN.com.br na segunda-feira (27), a meta traçada pela nova gestão cruzeirense é clara: redução da folha do futebol em dois terços do valor atual. A ideia é adaptar os vencimentos estabelecidos em vínculos atuais.

Alexandre Mattos, que tinha acertado o retorno ao clube para chefiar o departamento de futebol, foi o primeiro dispensado, justamente por não se enquadrar no perfil. Nesta terça, o Cruzeiro anunciou a saída de Luxemburgo, sem sequer citá-lo na nota oficial, e do restante da comissão técnica.

De acordo com o grupo de trabalho que atua próximo a Ronaldo, somente um choque de gestão deste nível poderá possibilitar o funcionamento das operações. Pessoas que participam diretamente da transição ouvidas pela reportagem do ESPN.com.br classificaram os contratos como “impagáveis e irresponsáveis”.

A ordem é “cortar na carne” em nome de uma responsabilidade orçamentária que, segundo os responsáveis pelo projeto, permitirá o sucesso futuro da empreitada.

Em nome de uma gestão transparente, a ideia do grupo de transição é apresentar todas as informações dessa reestruturação em comunicados semanais para torcedores e opinião pública, detalhando valores e motivos das decisões tomadas. O desafio é explicar que nenhum investimento milionário a médio prazo seria possível ou renderia frutos se um corte inicial não fosse feito.

O processo de duo diligência (investigação de informações de determinada empresa) que fará Ronaldo tomar ciência do cenário no futebol cruzeirense durará 120 dias. Ao final deste período, o Fenômeno decidirá se assinará a compra da SAF celeste. Há a possibilidade de desistência do negócio, mas o grupo do ex-jogador assegura, mesmo com o baque inicial, que tal opção não está nos planos.

Ainda de olho na reestruturação, Ronaldo monitora o mercado atrás de profissionais que se enquadrem no perfil definido pelo grupo: jovens e com formação acadêmica em gestão.

Conforme mostrou o ESPN.com.br na última semana, nomes como o de Alexandre Pássaro, ex-diretor de São Paulo e Vasco, e Fellipe Drommond, presidente do tricampeão mundial de futsal Magnus, foram estudados pelo grupo do Fenômeno.

Fonte: ESPN

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