Crime ambiental: queimadas causam transtornos à população de Marechal; Veja vídeo

Nesta sexta-feira, mais um incêndio deste tipo foi registrado e dados Corpo de Bombeiros revelam que já foram 13 ocorrências no município nos últimos 30 dias

Nesta segunda-feira, 11, dois incêndios em vegetação foram registrados em Marechal Deodoro e causaram transtornos à população do município.

No início da tarde, moradores do Povoado Pedras entraram em contato com o Alagoas 24 Horas para denunciar mais um caso de queimada em terrenos baldios. Eles contam que a prática é frequente no município e que as queimadas, além de incomodar pelo cheiro forte e a fuligem dentro das casas, têm assustado por causa da proximidade das residências.

Uma moradora do Residencial Porto de Pedras, localizado às margens da AL-215, contou que as quase 200 famílias que moram lá não têm um dia de sossego. “O dono desse terreno do lado sempre manda tocar fogo aqui. Hoje queimaram os dois lados da pista e os bombeiros demoraram para conseguir apagar. A gente fica assustado porque o vento está muito forte e a fumaça está nos sufocando”, disse a moradora.

Uma equipe de Bombeiros esteve no local e conseguiu conter as chamas com uso de água, mas informou que ainda há muita fumaça em direção às casas. Não foram registradas vítimas e o CBM orienta que a população não deve se aventurar para apagar as chamas, principalmente se tiver em médias e grandes proporções, pois o vento pode mudar a direção do fogo e atingir alguém, causando acidentes.

Em outro bairro de Marechal Deodoro, Conjunto José Dias, queimada em outro terreno baldio danificou a rede de abastecimento de água. Por conta disto, quatro localidades – Conjunto José Dias, Terra dos Marechais, Wisk Wisk e Baixa da Sapa – tiveram o abastecimento de água comprometido.

Nos últimos meses, o número de queimadas cresceu em Alagoas. Apenas em Marechal Deodoro, nos últimos 30 dias, o Corpo de Bombeiros registrou 13 ocorrências de fogo em vegetação.

A recomendação do Corpo de Bombeiros em caso de queimadas é que a população entre em contato com a Corporação por meio do 193 quando o incêndio se propagar e estiver próximo a casas, fiações e estradas. O cidadão também pode registrar denúncia no 181, caso saiba quem iniciou o incêndio.

Em nota, a Prefeitura de Marechal Deodoro informou que provocar queimadas é crime e está prevista na Lei Municipal de número 739/2001. A Lei de Crimes Ambientais, de número 9.605, também classifica como crime atear fogo em terrenos baldios, ainda que em propriedade particular. O infrator poderá cumprir pena de reclusão de um a quatro anos além de pagar multa.

Para denunciar casos de queimadas, os moradores podem fazer denúncias através do (82) 99758-1553 e em caso de grandes proporções, ligar para a Defesa Civil ou para o Corpo de Bombeiros.

Confira as notas na íntegra:

Prefeitura 

A Secretaria de Meio Ambiente realiza um trabalho fiscalizatório das queimadas. As denúncias podem ser realizadas através do (82) 99758-1553. Em casos de grandes proporções, pode contatar a Defesa Civil (82) 99980-8431 ou o Corpo de Bombeiros 193.

Lei número 739/2001 de Abril de 2001 institui o Código Municipal de Meio Ambiente e dispõe sobre a administração do uso dos recursos ambientais, da proteção da qualidade do meio ambiente, do controle das fontes poluidoras e da ordenação do uso do solo do território do Município de Marechal Deodoro, de forma a garantir o desenvolvimento sustentável, portanto fazer queimadas é crime.

BRK

O sistema de abastecimento de água José Dias, em Marechal Deodoro, precisou ser paralisado para um reparo emergencial na tubulação de recalque, que foi danificada durante uma queimada em terreno baldio. A rede de distribuição é responsável por enviar água ao Conjunto José Dias, Terra dos Marechais, Wisk Wisk e Baixa da Sapa.

Equipes da BRK foram mobilizadas para a ocorrência e trabalham no local desde às 15h35 desta sexta-feira (11). A previsão é que o serviço seja finalizado ainda nesta noite, por volta das 20h, quando o sistema será religado e o abastecimento começará a ser restabelecido gradativamente nas regiões atendidas.

A expectativa das equipes de campo é que o fornecimento de água seja completamente normalizado em até 48 horas.

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