Com um investimento aproximado de R$ 46 milhões em sete anos, a Cooperativa Agrícola do Vale do Satuba (Copervales) tem transformado a vida da população que vive na região da Zona da Mata de Alagoas. A cooperativa gera hoje dois mil empregos diretos e três mil empregos indiretos, com trabalhadores de 20 municípios.
A Copervales surgiu a partir da iniciativa de 32 fornecedores de cana-de-açúcar da região do Vale do Satuba, Vale do Paraíba e Vale do Mundaú, que se reuniram após a falência do grupo gestor da Usina Uruba. Com o declínio da maior indústria da região, os fornecedores se uniram em busca de soluções eficientes e sustentáveis.
“Com a falência do grupo gestor da usina, a economia da região foi diretamente afetada. Além disso, o patrimônio da massa falida passou a ser degradado. Nós, então, decidimos criar a cooperativa e investir na usina, retomando a geração de empregos e conservando o patrimônio”, explica Túlio Tenório, presidente da Copervales.
Após a falência do grupo Laginha Agro Industrial SA, que geria a Usina Uruba, a área onde hoje funciona a cooperativa passou a ser gradativamente degradada. O terreno foi invadido e os equipamentos da indústria deteriorados. Atualmente, ao contrário do que acontece com outras usinas que pertenciam ao grupo, como a Usina Laginha, a indústria do Vale do Satuba é referência em produção sustentável.
Os investimentos feitos na área apresentam resultados expressivos: a cooperativa bateu recorde de produção na safra 2021/2022. Foram, aproximadamente, oitocentas e setenta e quatro mil toneladas de cana-de-açúcar moídas, reunindo matéria prima de fornecedores de cana de 17 municípios e empregando trabalhadores de 20 cidades.
“Hoje a Copervales conta com cerca de 185 cooperados e uma área aproximada de 16 mil hectares, sendo 4 mil pertencentes à usina e 12 mil pertencentes aos cooperados. Isso é bastante significativo do ponto de vista social, pela geração de emprego e renda que existe na região”, destaca Luiz Carlos Moares, vice-presidente da Copervales.