Novo conselheiro da Anatel diz ser possível ter 5G nas capitais até julho

Prazo está previsto no edital do leilão do 5G, realizado em novembro do ano passado. Previsão é que o sinal da nova geração da internet de banda larga seja levado para as demais cidades gradualmente, até 2029.

O novo conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Artur Coimbra, disse nesta quinta-feira (5) que é possível levar internet móvel de quinta geração — o 5G – as capitais do país até julho deste ano.

Agência Brasil

5g

O prazo está previsto no edital do 5G, leilão que aconteceu em novembro do ano passado e movimentou R$ 47,2 bilhões, entre investimentos previstos e arrecadação para a União.

A preocupação com o prazo se dá devido à necessidade de instalação de antenas e à limpeza da faixa de frequência (avenidas no ar por onde são transmitidos os sinais) que será usada pelo 5G. Essa faixa está parcialmente ocupada pelas TVs parábolicas. Por isso, é preciso transferir o sinal das parabólicas para outra faixa, para não haver risco de interferência.

Coimbra diz que a limpeza da faixa não é um problema nas capitais. Ele lembra, ainda, que o edital prevê a instalação gradual de antenas de transmissão, possibilitando o início do 5G até julho, e gradualmente nas demais cidades, como prevê o edital.

“Pela minha leitura do processo, acredito sim que será possível atingir as metas, sobretudo porque existe uma densidade de antenas que é progressiva no tempo. Até julho, especificamente, a gente está falando de uma antena para cada 100 mil habitantes nessas capitais, e como são capitais, em muitas delas não se utiliza parabólica, então você consegue sim encontrar áreas que possam receber essas antenas, e essas antenas serem ativadas na proporção comandada pelo edital, ainda que não tenha havido uma limpeza completa da banda C para a banda Ku”, afirmou o conselheiro a jornalistas, após cerimônia de posse.

Para Coimbra, o maior desafio será nas cidades com grande presença de TVs parabólicas.

“O maior desafio são nas cidades que dependem mais de radiofusão por satélite”, afirmou.

Coimbra foi indicado para o conselho da Anatel pelo governo Bolsonaro. Foi ele quem liderou a elaboração do edital do 5G, enquanto era secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações. Ele assume a vaga aberta com a ida de Carlos Baigorri para a presidência da agência. Fica no cargo até novembro de 2024.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, destacou na cerimônia de posse o perfil técnico de Coimbra. “Estamos entregando um conselheiro íntegro, honesto e que vai muito longe ainda”, resumiu Faria.

Em seu discurso de posse, Coimbra afirmou que os principais desafios da agência nos próximos anos são os compromissos previstos no edital do 5G, o fim das concessões de telefonia fixa, a aproximação da agência com os setores de radiofusão e audiovisual, o fortalecimento de provedores regionais e a racionalização do sistema tributário.

O novo conselheiro é bacharel e mestre em Direito pela UnB, com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Procurador federal desde 2007, Coimbra trabalhou com especialista em regulação na Anatel, além de exercer a função de assessor na Procuradoria Federal Especializada da agência e na Presidência da República. No Ministério das Comunicações, foi diretor de Banda Larga e secretário de Telecomunicações.

Fonte: g1

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