Justiça concede liberdade condicional a filho de Flordelis preso por atrapalhar investigações

Adriano foi julgado no dia 12 de abril e condenado a 4 anos e seis meses de prisão por uso de documento falso e associação criminosa armada que atrapalharam as investigações da morte do pastor Anderson. Ele não respondia por crimes relacionados ao assassinato.

Na decisão, o juiz Leonardo Rodrigues da Silva Picanço destacou que Adriano preenchia os requisitos para o benefício e não tinha faltas disciplinares em sua ficha criminal durante o tempo em que ficou preso.

“Verifica-se que o apenado preenche os requisitos subjetivos para a concessão do benefício, sem registro de faltas disciplinares nos últimos 12 meses e também fez jus ao tempo para o benefício em 01/03/2022, quando cumpriu 1/3 de sua pena, por se tratar de apenado primário condenado por crime comum, conforme atestado de pena ora acostado”, escreveu na decisão.

Regras da condicional

Em liberdade condicional, Adriano dos Santos Rodrigues deverá cumprir algumas regras como obter ocupação lícita, comunicar eventual mudança de endereço, não se ausentar do estado sem autorização judicial e proibição de ausentar-se da comarca, por prazo superior a 5 dias, sem prévia autorização.

Outro filho também foi solto 

Na segunda-feira (2), outro filho de Flordelis deixou o presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, beneficiado por condicional.

Carlos Ubiraci Francisco da Silva foi julgado no dia 12 de abril e condenado a 2 anos, dois meses e 20 dias de prisão pelo crime de associação criminosa armada na morte do pastor Anderson do Carmo. Mas estava elegível ao benefício da liberdade condicional por já ter cumprido mais de um terço da pena, visto que estava preso há um ano e oito meses. Ele cumprirá os últimos 6 meses da pena em liberdade condicional.

Em seu julgamento, Carlos Ubiraci, filho afetivo da ex-deputada, foi absolvido da acusação de homicídio triplamente qualificado consumado e de tentativa de homicídio duplamente qualificado. Também foi a primeira vez que ele culpou a mãe, a ex-deputada Flordelis, pela morte do pastor.

Inicialmente, maio seria o mês em que Flordelis seria julgada pela acusação de ser a mandante do crime que acarretou a morte de Anderson do Carmo, mas a Justiça determinaou que não haveria tempo hábil para colher provas e transferiu o julgamento para 6 de junho.

Mais réus serão julgados

Cinco réus devem ser julgados no dia 6 de junho :

1. Flordelis dos Santos Souza: denunciada como a mandante da execução, a ex-deputada e missionária responde por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada;
2. André Luiz de Oliveira: filho adotivo de Flordelis, responde por uso de documento falso e associação criminosa armada;
3. Marzy Teixeira da Silva: filha adotiva de Flordelis, responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada;
4. Rayane dos Santos Oliveira: neta biológica de Flordelis, responde por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada;
5. Simone dos Santos Rodrigues: filha biológica de Flordelis, responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada.