Câmeras flagram advogado e assassino juntos; jovem morreu com 7 facadas

Victor Stephen e Wilson José caminhando juntos pela Rua da Constituição, no Centro — Foto: Reprodução

O laudo de exame de necropsia do advogado Victor Stephen Pereira Coelho, de 27 anos, morto no Cento do Rio, mostra que ele levou sete facadas, sendo o golpe fatal aplicado no tórax.

O documento produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) indicou que a maior perfuração chegou a 70 mm de comprimento. A região do tórax também recebeu um outro golpe mais leve.

As outras facadas foram aplicadas na cabeça, no braço direito e no braço esquerdo e mais duas na região da costela do advogado.

Roupa rasgada
A TV Globo também teve acesso aos depoimentos de testemunhas. Uma delas relatou à polícia que o agressor chegou a rasgar a roupa de Victor atrás de pertences.

“A declarante afirma que o agressor, logo após rasgar a roupa da vítima, gritou ‘cadê meu telefone?’, e a vítima neste instante não respondia mais”, narra o termo de declaração.

Outra testemunha declarou que Victor, após gritar de dor, bateu com a cabeça no vidro de uma estação do VLT.

O crime
O advogado, que completaria 28 anos na última segunda-feira (1), foi esfaqueado após deixar uma festa na Praça da República, na madrugada do dia 23 de julho.

Formado desde 2020 pela Universidade Cândido Mendes, ele trabalhava como assistente jurídico em um escritório de advocacia e morava em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio.

Segundo as investigações, Victor e mais três colegas de trabalho saíram do escritório e foram até a Praça da República, onde acontecia um evento conhecido por ‘Samba da Raça’.

Suspeito e vítima juntos
No local, Victor se encontrou com o homem suspeito por sua morte. A polícia acredita que o crime foi praticado por Wilson José Câmara de Oliveira, de 37 anos.

Às 23h38, os dois aparecem juntos andando pela Rua da Constituição, virando à direita da Praça da República e seguindo em direção a estação Saara do VLT.

As câmeras também registraram que o advogado e o possível autor do crime conversam por alguns minutos na estação do VLT.

Vinte minutos após se encontrarem, às 23h58, Victor é atacado. Ele tenta fugir, mas é derrubado e recebe golpes de faca do assassino. Após ser esfaqueado, o criminoso ainda levou sua carteira e o celular.

O corpo do advogado foi encontrado, sem documentos, na Praça da República por agentes do 5º Batalhão (Praça da Harmonia). Outras pessoas relataram assaltos na região na mesma noite em que o jovem foi morto.

A 29ª Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) expediu um mandado de prisão temporária contra Wilson José. Ele segue foragido da Justiça.

Na última segunda-feira (1), o Portal dos Procurados, do Disque Denúncia, divulgou um cartaz de Wilson José Câmara de Oliveira pedindo informações sobre onde encontrar o suspeito.

De acordo com o delegado Rômulo Assis, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), os indícios são de que vítima e assassino não se conheciam. O caso é tratado como um latrocínio.

“A gente acredita que eles não se conheciam e se conheceram no dia. Contudo, as imagens são evidentes de que eles conversam por bastante tempo e demonstrando bastante intimidade. Mas, de fato, ninguém que conhecia o Victor e estava com ele na festa, no samba na Praça Tiradentes, familiares ou amigos, sabia deste conhecimento prévio. Então não temos elementos para dizer que eles se conheciam de fato”, afirmou Assis.

Suspeito mostrou faca a segurança
Uma câmera de segurança da estação Saara do VLT, no Centro do Rio, registrou o momento em que o suspeito pela morte do advogado Victor Stephen Coelho, de 27 anos, aparece mostrando uma faca para um segurança de uma loja da região.

A cena aconteceu minutos antes da morte de Victor, que foi esfaqueado após deixar uma festa na Praça da República, no Centro do Rio

Em depoimento à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o segurança que aparece nas imagens afirmou que foi abordado pelo suspeito e que foi intimidado, quando ele apresentou uma faca e uma tornozeleira eletrônica.

O segurança ainda contou que Wilson José afirmou que faria sua “correria” naquele local e que desejava não ser atrapalhado pelo segurança.

O depoimento do segurança leva polícia a crer que advogado foi morto em uma tentativa de assalto.

Fonte: g1

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