Técnico estrangeiro na seleção? O que aconteceu com os únicos 3 que conseguiram essa proeza no Brasil

Com o fim da Era Tite, após a eliminação da seleção brasileira para a Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) trabalha para escolher o sucessor no comando. E existe a ala que defende a contratação de um estrangeiro.

Alguns nomes como Pep Guardiola, do Manchester City, e Abel Ferreira, do Palmeiras, e Carlo Ancelotti, do Real Madrid, estão sendo cogitados para ocupar o cargo. Qualquer um dos ventilados caso acerte, no entanto, não será o primeiro estrangeiro à frente da amarelinha.

Quem conseguiu essa proeza pela primeira vez foi o uruguaio Ramón Platero, em 1925. Na época, a então CBD (Confederação Brasileira de Desportos) chamou Joaquim Guimarães para comandar a equipe no Sul-Americana daquele ano. Só que, na prática, Joaquim ficou na posição de diretor técnico, e Platero foi o treinador.

A competição era disputada em um triangular em turno e returno com Paraguai e Argentina. Na primeira fase, vitória por 5 a 2 sobre os paraguaios e derrota por 4 a 1 para os ”hermanos”.

Já na segunda perna, o time de Platero passou pelo Paraguai por 3 a 1 e empatou com a Argentina em 2 a 2. O resultado, no entanto, deu o título aos adversários.

Ao todo, o uruguaio ficou à frente da seleção por quatro jogos, com duas vitórias, um empate e uma derrota. Ele também disputou um amistoso com Newell’s Old Boys e empatou em 2 a 2.

Depois dele, o português Jorge Gomes de Lima, conhecido como Joreca, foi o segundo técnico estrangeiro do Brasil. Em 1944, a CBD decidiu realizar dois amistosos festivos contra o Uruguai, e convidou os principais técnicos do futebol carioca e paulista para comandar a seleção.

Foi então que Joreca, que treinava o São Paulo, dividiu o cargo com Flávio Costa, técnico do Flamengo. A dupla goleou os uruguaios por 5 a 1 e 4 a 0.

Flávio acabou efetivado e ficou na seleção até a derrota para o Uruguai, no Maracanã, na Copa do Mundo de 1950. Já o técnico português ainda passou pelo Corinthians antes de ser sofrer um ataque cardíaco fatal em 1949.

Por fim, o argentino Filpo Nuñez esteve à frente da amarelinha em 1965, mas por um único jogo. Na época, ele treinava o Palmeiras, e o clube paulista representou a seleção na partida de inauguração do Mineirão, em Belo Horizonte, contra o Uruguai.

A seleção venceu os uruguaios por 3 a 0. O argentino colecionou passagens por Cruzeiro, Corinthians, Palmeiras e Vasco, mas nunca mais treinou a equipe canarinho. Um detalhe curioso é que Nuñez é tio de Eduardo Coudet, ex-técnico do Internacional.

Fonte: ESPN

Veja Mais

Deixe um comentário