Uma mulher foi presa em flagrante e está sendo investigada pela Polícia Civil por queimar as nádegas do filho de 9 anos com um ovo quente, no bairro Jaraguá, em Maceió. O caso foi registrado na noite dessa quarta-feira (26).
A agressão veio à tona depois que a própria mãe chegou na escola onde o menino estuda contando o que havia feito. Quando o episódio chegou até a diretora e a assistente social da unidade de ensino, o Conselho Tutelar foi acionado.
O conselheiro tutelar Antônio Guimarães, que acompanha o caso, pediu que a mãe fosse até a unidade de ensino e lá ela confirmou as agressões e, inicialmente, afirmou que foram praticadas porque a criança teria envolvimento com drogas. Porém, em seguida admitiu que não aceita a orientação sexual do menino.
“Ao ser questionada ela chegou a dizer que fez e faz isso com o filho. Também constatamos que há marcas de agressões mais antigas no corpo da criança”, afirmou o conselheiro.
Ao conselheiro o menino relatou que para praticar a agressão, a mãe ferveu o ovo, colocou um pano na boca dele para abafar os gritos e ligou o som bem alto. Em seguida colocou o ovo quente no ânus da criança.
Diante da gravidade da situação, a Polícia Militar foi acionada e todos foram encaminhados à Central de Flagrantes I, no Farol. Lá, a mulher foi autuada, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberada. Ela irá responder em liberdade, mas um inquérito foi aberto pela Delegacia dos Crimes Contra Crianças e Adolescentes da Capital (DECCCA).
Já a criança foi encaminhada ao Hospital da Mulher, onde foi atendida na Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS), realizou o exame de corpo de delito e foi atendido por um médico especializado e por um psicólogo.
Na noite de ontem o menino foi acolhido por uma tia com residência no Trapiche e, nesta quinta-feira (27), foi para casa de outra tia, com quem já morou, no município de Maragogi.
Histórico de violência – Segundo o Conselho Tutelar já há um histórico de violência contra o menino por parte da mãe. Além das marcas encontradas no corpo do menino, as próprias tias da criança relataram que ela é uma pessoa violenta.
Além disso, a cerca de duas semanas o Conselho Tutelar foi acionado pela Oplit para encaminhar o menino até a casa dele, após ele fugir de casa e ser encontrado vagando nas ruas da Pajuçara. Na ocasião a criança não chegou a falar sobre as agressões que sofria, mas uma das conselheiras da região notou que ele precisava de ajuda e a mãe foi notificada.
O conselheiro afirmou ainda que o menino passou a morar com a mãe em janeiro deste ano e que anteriormente residia com a tia que o acolheu novamente, em Maragogi.
“Agora o menino está novamente com a tia que o criou e nós vamos encaminhar todas as informações e provas para o Ministério Público para que a mãe perca a guarda dele de forma definitiva”, enfatizou Antônio Guimarães.