Família de idoso acamado após AVC busca ajuda para realizar tratamento domiciliar

Esposa toma conta sozinha de homem de 70 anos, que está há mais de um ano sem acompanhamento médico. Neste período, nódulos surgiram na garganta do homem que teve situação agravada

Arquivo familiar

A família do idoso José Benedito da Rocha, de 70 anos, que segue acamado por conta de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), fez um apelo nesta quarta-feira, 03, para conseguir atendimento médico domiciliar para o paciente.

A esposa do aposentado, Tereza Rocha, conversou com o Alagoas24Horas e contou que cuida sozinha do idoso que não possui mais mobilidade para se deslocar aos postos de saúde para atendimento médico. O casal mora no conjunto das Piabas, no bairro do Jacintinho, em Maceió, e há pelo menos um ano o idoso não passa por avaliação médica devido a dificuldade encontrada pela família em levá-lo a uma unidade de saúde.

“Já fui inúmeras vezes aos postos de saúde da região. Inclusive levei documentação e fotografia para comprovar a situação dele. Mas me informam que o médico não pode ir a minha casa para a consulta porque a região não faz parte do cadastro para visitas domiciliar. Eu cuido dele sozinha, não tenho condições físicas para levá-lo ao posto de saúde. Além disso, ganhamos pouco e parte do dinheiro é para medicação. Não tenho como pagar para levá-lo a consultas médicas”, contou Tereza Rocha.

Tereza Rocha conta ainda que há pouco tempo dois nódulos surgiram na garganta de José Benedito. Por conta própria e com ajuda de amigos, conseguiu uma consulta e a realização de exames. No entanto, não seguiu ainda realizar a biopsia do nódulo para detectar se é benigno ou não.

“A gente morava em outro local e ele era acompanhado por um médico. Depois que mudei para cá, não conseguimos mais. Ele segue tomando os remédios que tomava antes, mas não sei se precisa mudar dosagem ou até mesmo de medicação, pois não passou por avaliação médica. Os nódulos surgiram depois. Fizemos o exame por conta própria e o médico disse que precisa da biopsia, mas como vou correr atrás disso se não tenho com quem deixá-lo?. É muito difícil”, disse.

José Benedito é acamado, não consegue falar, é diabético e faz uso de medicação de uso contínuo. Além disso, come apenas  alimentos líquidos e pastosos e usa fraldas geriátricas. “Além do aluguel, parte do nosso dinheiro é para alimentação e cuidados com ele. Era para fazer uso de um suplemento vitamínico, mas não consigo pelo Sus por conta do mesmo problema. Não tenho receita para conseguir de forma gratuita e não tenho condições de pagar R$170 em uma lata a cada duas semanas”, finalizou Tereza Rocha.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a solicitação para o Serviço de Atenção Domiciliar deve ser feita de forma presencial na Rua Barão de Alagoas, no Centro de Maceió.

Confira nota da SMS

A Secretaria de Saúde de Maceió (SMS) esclarece que o atendimento a pacientes acamados em residências é realizado pelo Serviço de Atenção Domiciliar (SAD). As visitas domiciliares de agentes de saúde que integram a Estratégia de Saúde da Família são realizadas junto aos usuários cadastrados em cada unidade.

A assistência do SAD, que é disponibilizado para a população de forma geral, é solicitada pessoalmente pela pessoa interessada na sede do serviço, que fica na Rua Barão de Alagoas, 311, Centro (prédio ao lado do Comercial Galvão). Para cadastro no serviço é preciso RG, CPF, Cartão SUS, comprovante de residência do paciente, que devem ser apresentados pelo familiar responsável.

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