Maria Paula relembra convites que recusou da ‘Playboy’ e detona indústria: ‘Perversa e machista’

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Ex-integrante do “Casseta & planeta”, Maria Paula relembrou os inúmeros convites que recebeu — e recusou — para posar nua na “Playboy” nos anos em que esteve no humorístico.

“Recebi várias propostas de grana pesada. E eu falava: não preciso disso, sou formada em Psicologia. Era proposta de grana para comprar um apartamento. Eu disse: vou juntar e comprar um apartamento. Juntei e comprei. E comprei uma fazenda na Chapada. Fiz tudo o que eu queria, sem precisar posar nua”, disse, em entrevista ao podcast “Inteligência Ltda.

Aos 53 anos, ela critica a indústria dos ensaios sensuais: “Tinha uma glamourização da exploração da imagem da mulher. Era uma época que as mulheres incríveis do Brasil tinham uma cultura muito perversa e machista que tinham que fazer ‘Playboy’. Tinha essa palhaçada, que era como se fosse o topo da carreira delas fazer ‘Playboy’. Era uma exploração péssima, mas que na época era aceitável, como muitas outras coisas eram aceitáveis”.

Apesar de não ter posado nua em uma revista masculina, Maria Paula diz que nunca teve problema com a nudez e exposição do corpo.

“Meu problema é não gostar da exploração. Sempre fui uma libertária. O nome do meu livro é ‘Liberdade crônica’. O que mais gostava era ir para a cachoeira e ficar pelada, ir para a praia de nudismo. Nunca tive problema nenhum com nudismo. Meu negócio era com a indústria: problema de exploração da imagem feminina de uma maneira péssima”.

Ela lembra que chegou a fazer uma foto pelada para a capa da revista “Interview”, em 1994, sem ganhar nada. “Fiz mostrando o peito, mostrando que eu podia, sim, fazer o que eu quisesse. Era uma consciência de que eu era uma mulher que podia fazer o que eu queria e que eu não ia entrar no joguinho patético”.

Fonte: Extra Famosos

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