Passeio no colo e na coleira, cuidado das patas com hidratante e unhas pintadas uma vez por semana. Essa é a rotina do galo Zeca, animal de estimação da enfermeira Bianca Pereira, moradora de São Carlos.
“Ele tá sempre com a unha pintada para combinar com as penas do rabo! Ou é verde ou é azul”, diz a tutora da ave, que garante também que o animal é muito cheiroso.
Zeca chama a atenção onde vai, em São Carlos (SP). Nas ruas ou em uma cafeteria que costuma frequentar.
A rotina de quem tem um galo em casa começa cedo. “Todo dia, quatro da manhã, 4h01, 4h02, não passa disso, ele já tá cantando. Se deixar a porta aberta ele vai cantar lá no quarto. Acorda às quatro mas cochila o dia inteiro!”
A ave tem uma casinha no quintal, mas passa quase o dia todo dentro de casa. É muito dócil com humanos e gosta de receber carinho.
“A gente não imagina que um franguinho assim vai gostar de carinho e vai querer estar pertinho da gente, mas ele gosta! E ele gosta de um carinho aqui (diz acariciando o pescoço do animal), ele vai amolecendo. É visível que ele gosta do contato humano. Não é uma coisa forçada”, afirma Bianca.
Rejeitado pelos companheiros
Zeca já é velhinho. Segundo veterinários, ele tem em torno de oito anos. Por isso, Bruna se esforça por dar todo o conforto para o galo.
Ela dá a ele o carinho que não teve dos seus semelhantes. Ele foi resgatado de um sítio pela analista de sistemas Ana Paula Melegari após o animal perdeu um olho em uma briga.
“Conforme ele foi pegando idade, foi ficando mais lento, os galos mais novos – territorialistas – atacavam ele demais. Ele ficou isolado, estava isoladinho num canto, não podia sair, se outros galos vissem, atacavam ele. E quando eu vi ele eu me apaixonei!”, contou.
Ana Paula teve que abrir mão da tutela de Zeca quando mudou de casa e a responsabilidade foi assumida com entusiasmo por Bianca.
“Ele nunca vai para a panela. Aqui é só carinho e rolê”, disse.