Na noite desse domingo (10), policiais do 2º Batalhão de Polícia Militar (2º BPM) prenderam um homem suspeito de ter cometido estupro de vulnerável contra quatro crianças com idades entre 10 e 12 anos, após os menores serem atendidos no Hospital Regional da Mata (HRM) e contarem que haviam sido vítimas de violência sexual.
Ao chegar no local, os militares tiveram acesso ao relatório médico que informava que os quatro meninos, teriam passado a noite do sábado (09) na casa do suspeito, no bairro Newton Pereira. O homem, que é conhecido da mãe de um deles, os teria atraído com comida e dinheiro e os dopado com uma substância ainda indeterminada.
De acordo com o relato dos menores, que não têm parentesco entre si, o suspeito bloqueou a porta do quarto escorando uma cama, o que impedia que eles saíssem, e abusou sexualmente deles.
Elas avisaram ao médico que não foi a primeira vez que o fato aconteceu, e que após a ingestão do alimento, também sentiram grande sonolência, adormeceram e, apenas ao amanhecer, foram para casa.
As crianças chegaram em suas casas tontas e com dor de cabeça, e por isso foram levadas ao hospital pelos familiares.
Diante dos relatos, a guarnição foi à residência do suspeito e o conduziu, junto às demais partes, para o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Murici, onde o homem permaneceu preso sob custódia da Polícia Judiciária.
O Conselho Tutelar também acompanhou o caso e encaminhou as crianças para Maceió, para o atendimento especializado fornecido pela Rede de Atenção as Violências (RAV). Ao menos umas dos menores apresentava marcas físicas de agressão.
Em contato com o Alagoas24Horas, o conselheiro que acompanha o caso, Helder Ferreira, explicou que apesar do relato de não ser a primeira vez que o abuso aconteceu, o órgão não foi acionado anteriormente para nenhuma situação que envolvesse as crianças ou o acusado, e que não sabe informar se esta tem registro policial anterior.
Ele contou também que nenhuma das famílias possui histórico registrado pelo Conselho e que três delas moravam no mesmo bairro onde o crime aconteceu e que a quarta morava no bairro Roberto Correia de Araújo, e que apenas uma das mães confirmou saber que o filho iria passar a noite na casa do suspeito. Ainda assim, o órgão não foi informado previamente do paradeiro dos menores.
O Conselho já ouviu as mães e prepara relatório que deverá ser encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPAL) e à Polícia Civil que deve instaurar inquérito. O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) do município foi acionado e fará o acompanhamento psicossocial das crianças e das famílias.
A polícia investiga se existem outras vítimas, já que era comum crianças passarem a noite na casa do acusado.
