‘Tô bonitinho’: banda Jovem Dionísio revela surpresa com música viral

Bruno Gagliasso, Juliana Paes e até o mexicano Christian Chávez, ex-RBD, já entraram na nova tendência queridinha da internet. A ideia é mostrar o que está vestindo ao som de uma música com refrão-chiclete, que diz assim: “Aaaah, cê reparou que eu me arrumei? Ah, tô bonitinho! Já vesti não sei o quê e botei meu cabelinho de frente…”. A canção, que se chama “To bem” — mas já ficou conhecida como “Tô bonitinho” —, é da banda independente Jovem Dionísio, a mesma que estourou em 2022 em todo o país com “Acorda, Pedrinho”.

— A gente não esperava essa parada toda. Até porque a trend que a galera vem fazendo não foi motivada por nós. A nossa única motivação era lançar uma música dançante, e parece que está dando certo — vibra o vocalista Bernardo Pasquali.

A faixa era a grande aposta da banda — formada ainda por Bernardo Hey, Gabriel Mendes, Gustavo Karam e Rafael Dunajski — para o novo álbum, “Ontem eu tinha certeza (hoje eu tenho mais)”, lançado em maio, antes mesmo de ela viralizar.

— No processo de confecção do álbum, vimos: “Essa é nossa estrela cadente. Vamos ter que trabalhar nela” — lembra Gabriel.

O feeling dos curitibanos é tão bom que eles já tinham até preparado clipe para ela. O vídeo, gravado antes de a música virar trend, será lançado hoje.

O sucesso da música deu à banda mais seguidores: no Instagram, são mais de 200 mil. A quantidade de vídeos que “To bem” já embalou na web também surpreende: até ontem, no TikTok, a faixa tinha sido usada 186 mil vezes; no Instagram, 550 mil. Fato que é curioso para um grupo de cinco jovens rapazes que dizem não ser muito bons com as redes sociais.

— Não conseguimos manter a frequência que o mundo pop deseja. Somos meio velhos (risos). A gente não sabe mexer nas coisas — diz Bernardo, que tem 28 anos como quase todos os integrantes (só Gabriel tem 25).

Tem quem classifique “To bem” como um “Acorda, Pedrinho 2”, sem nada novo. O grupo refuta a ideia e diz não ter uma receita de bolo para agradar. Gustavo, no entanto, destaca algo em comum entre a música de 2022 e o novo hit da banda:

— Quando as fizemos, todos nós nos olhamos e ficamos bem felizes. Fizemos com alegria mesmo, vontade, sem ter vergonha ou algum objetivo específico para alcançar.

No fim de junho, os rapazes começam turnê pelo Brasil com o novo álbum e dizem que só então, cara a cara com o público, vão entender se a música faz sucesso para valer. Enquanto isso, sonham ver mais artistas que os chocariam se entrassem na trend do “Tô bonitinho”:

— Ronaldo Fenômeno podia fazer! E Maria Bethânia, Djavan, Alcione… Aí ia ser para excluirmos a música das redes porque ninguém mais poderia postar depois deles (risos) — brinca Bernardo Pasquali, apoiado pelos colegas da banda.

Como a música nasceu?
“Acorda, Pedrinho” tinha uma história curiosa de composição em relação ao grupo. Pedrinho, que morreu em dezembro de 2023, aos 65 anos, realmente existiu e era um amigo que costumava frequentar o mesmo bar que os integrantes da banda, em Curitiba. Já “To bem” nasceu com uma costura de ideias e referências.

— A gente estava procurando como referência fazer algum material mais “gritado” (como é a parte do “Cê reparou que eu me arrumei? Tô bonitinho…”). A gente tinha lançado até então músicas mais cantadas. E o intuito era fazer todo mundo dançar com isso — conta Gabriel.

Bernardo, que compôs e teve a ajuda dos companheiros na parte chiclete da música que viralizou, conta:

— O interessante dessa música é que ela veio da junção de duas canções na verdade. Começou com o instrumental da parte que tem “Cê reparou que eu me arrumei”, que temos desde 2021. Deixamos no nosso WhatsApp guardado. Depois decidimos fazer uma coisa do zero, que foi o refrão e que não tinha nada a ver com a outra.

A parte “gritada” da música foi intencional até na hora de mandar a ideia para os amigos.

— Quando nos encontramos em janeiro de 2023, mostrei esse começo de ideia para letra que eu fiz no carro. Eu estava indo para São Paulo dirigindo e gravei gritando. Aí nós juntos completamos com o “cabelinho de frente”, porque na época eu tinha o cabelo curto e usava para frente — relembra o vocalista, também entregando: — O “já vesti não sei o quê”, na verdade, era porque ainda íamos completar a letra, mas daí deixamos assim mesmo porque rolou bem.

Fonte: Extra

Veja Mais

Deixe um comentário