Acusados de envolvimento em chacina de Arapiraca são liberados pela Justiça

Dois homens acusados de ocultação de cadáver na chacina do Laranjal, que resultou na morte dos irmãos Letícia da Silva Santos, 20 anos, Lucas da Silva Santos, 15 anos, da companheira dele, Joselene de Souza Santos, 17 anos, e do amigo Erick Juan de Lima Silva, 20 anos, foram liberados para responder ao crime em liberdade. A decisão foi tomada pelo juiz da 5ª Vara Criminal de Arapiraca, Alberto de Almeida, após o pedido dos advogados dos réus. A justificativa foi de que ambos possuem residência fixa na cidade de Gararu, no interior de Sergipe. No entanto, para permanecerem em liberdade, eles deverão cumprir medidas cautelares impostas pela justiça.

Os acusados foram presos no sábado, 20 de abril, um dia após a polícia resgatar os corpos das vítimas em avançado estado de decomposição de uma cacimba com profundidade de oito metros, na propriedade rural onde o assassino confesso do crime, Reginaldo da Silva Santana, morava e trabalhava na época do crime. A dupla trabalhava com Reginaldo, que produzia imagens sacras de grandes dimensões, e um deles é sobrinho do autor do crime.

Em depoimento à polícia, os dois homens afirmaram que Reginaldo matou os jovens sozinho e os ameaçou, obrigando-os a jogar os corpos das vítimas na cacimba. Após ocultarem os cadáveres, eles teriam fugido para o interior de Sergipe.

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As quatro vítimas estavam desaparecidas desde o dia 13 de abril e foram assassinadas na mesma data. De acordo com as investigações policiais, Letícia e Joselene foram até a propriedade de Reginaldo, que costumava ajudá-las dando trabalho e até doando alimentos. Os três saíram de carro até o centro de Arapiraca, onde Reginaldo sacou dinheiro no banco e comprou uma pizza para comer com as vítimas na propriedade rural.

Pouco depois, Erick e Lucas chegaram ao local, e o adolescente começou a discutir com Reginaldo por ciúmes da companheira ter saído na companhia do artista plástico. Durante a discussão, Reginaldo, que era atirador esportivo com registro de Colecionador Atirador e Caçador, pegou uma arma e atirou na cabeça de Lucas. Em seguida, ele teria matado as outras três testemunhas do primeiro homicídio.

Após ocultar os cadáveres das vítimas dentro da cacimba e colocar uma das obras que estava confeccionando em cima da abertura, o artista plástico manteve sua rotina normal. Na sexta-feira seguinte, 19 de abril, os corpos foram descobertos por agentes que investigavam o desaparecimento dos jovens.

No momento da prisão, Reginaldo alegou ter sido furtado pelas vítimas e chegou a dizer que havia efetuado disparo acidental contra a primeira vítima, versão posteriormente desconsiderada pela polícia. Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e permanece preso, aguardando julgamento.

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