Câmeras registram momento em que cliente joga suco em atendente de lanchonete

Autora da agressão foi indiciada pela Polícia Civil por injúria real. Funcionária deve retornar ao trabalho nesta terça-feira (15), em outra unidade da rede. Caso aconteceu em Porto Alegre.

Câmeras de segurança registraram momento em que cliente joga suco em atendente — Foto: Reprodução

Câmeras de segurança registraram o momento em que uma cliente joga um copo com suco contra a atendente de uma lanchonete após ser informada que o local não fornecia canudo. O caso aconteceu em uma unidade da Mini Kalzone do Shopping Iguatemi, na Zona Norte de Porto Alegre, em 28 de setembro.

Nas imagens, é possível ver a cliente se dirigindo ao balcão com o copo de suco e uma nota fiscal em mãos. Ela deixou o copo sobre o balcão e, com o dedo em riste, falou à equipe. Por fim, ela pegou o copo, jogou na direção da funcionária e deixou o local. A atendente foi amparada por uma colega, que a levou para os fundos do estabelecimento.

A autora da agressão foi indiciada pela Polícia Civil por injúria real. O nome da mulher não foi divulgado. Ela preferiu ficar em silêncio quando questionada, durante depoimento, sobre o que havia acontecido.

O advogado Luiz Fernando Rodrigues, que representa a investigada, sustenta que “os fatos ocorreram diversamente do que consta no boletim de ocorrência, minha cliente é inocente”. A defesa afirma ainda que está “avaliando a documentação juntada ao processo” e que a mulher “irá prestar depoimento somente em juízo”.

O crime de injúria real é quando a ofensa “consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes”.

A funcionária ficou afastada do trabalho, desde o ocorrido, em razão de uma licença médica. Ela deve retornar a uma unidade diferente da lanchonete nesta terça-feira (15), segundo relato da mãe.

“Agradeço pelo caso ter sido relatado e noticiado de maneira que não me afetasse e nem a empresa. A Mini Kalzone já está me dando o suporte jurídico e psicológico”, disse Odara Gomes, de 19 anos, ao g1.

Relembre o caso
Após ter sofrido a agressão, a atendente gravou um vídeo relatando o que aconteceu. O caso ganhou repercussão nas redes sociais.

“Eu acabei de ser totalmente humilhada por uma cliente. A gente não fornece canudo, eu disse para o marido dela tomar o suco com a boca e ela jogou o suco dizendo para eu tomar com a boca. E essa é a minha situação agora”, disse Odara, mostrando a camiseta que vestia toda molhada.
Em nota, a Mini Kalzone afirma que “disponibilizou apoio jurídico e psicológico à colaboradora” e que “de imediato, foram tomadas as providências cabíveis ao contatarmos as autoridades competentes e segurança do empreendimento para auxiliar na identificação da agressora” (leia abaixo a íntegra).

Nota da empresa
“A Mini Kalzone lamenta profundamente o incidente ocorrido no dia 28 de setembro de 2024, em uma de nossas unidades franqueadas em Porto Alegre, onde nossa colaboradora foi vítima de uma agressão e humilhação inaceitáveis por parte de uma cliente. O fato teve origem na insatisfação da cliente com a política de não fornecermos canudos, adotada em estrito cumprimento à legislação local.

Desde o momento do ocorrido, nossa equipe atuou prontamente para prestar suporte necessário à colaboradora, oferecendo recursos para que ela pudesse retornar para casa em segurança e ser acolhida no ambiente familiar. Além disso, de imediato, foram tomadas as providências cabíveis ao contatarmos as autoridades competentes e segurança do empreendimento para auxiliar na identificação da agressora.

Em menos de 8 horas após o ocorrido, foi registrado um Boletim de Ocorrência, anexando as imagens de segurança da loja.

Desde o ocorrido, permanecemos colaborando ativamente com as autoridades para garantir que os responsáveis sejam identificados e que a justiça seja feita, agindo com transparência e respeito aos trâmites legais. Esclarecemos que, em conformidade com as disposições da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as imagens de segurança não podem ser compartilhadas publicamente, estando disponíveis apenas para as autoridades competentes.

A Mini Kalzone disponibilizou apoio jurídico e psicológico à colaboradora, reafirmando nosso compromisso em garantir seu bem-estar e segurança. Para nós, este não é apenas um caso isolado de violência, mas uma afronta aos valores e princípios que defendemos. Não mediremos esforços para proteger nossa equipe e buscar a responsabilização pelos atos cometidos.

Agradecemos a compreensão e o apoio de todos. Seguiremos empenhados para que essa situação seja resolvida com justiça e transparência, defendendo sempre o respeito e a integridade de nossos colaboradores”.

Fonte: g1

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