Brasil tem 16,4 milhões de habitantes em favelas, aponta IBGE

O Censo 2022 revelou a existência de 12.348 favelas e comunidades urbanas no Brasil, abrigando uma população de 16.390.815 pessoas, o que corresponde a 8,1% do total da população nacional. Em comparação com o Censo de 2010, que registrou 6.329 favelas e 11.425.644 habitantes (6,0% da população), os números mostram um crescimento significativo. A Rocinha, localizada no Rio de Janeiro, continua sendo a maior favela, com 72.021 moradores, seguida por Sol Nascente, em Brasília, Paraisópolis, em São Paulo, e Cidade de Deus, no Amazonas. As regiões que apresentam a maior proporção de habitantes vivendo em favelas são Amazonas, com 34,7%, Amapá, com 24,4%, e Pará, com 18,8%. A análise demográfica indica que a população das favelas é predominantemente jovem, com uma idade mediana de 30 anos, enquanto a média nacional é de 35 anos. Além disso, a diversidade étnica é mais acentuada nas favelas, onde 56,8% da população se declara parda e 16,1% preta, em contraste com 45,3% e 10,2% na população geral.

O levantamento também destacou que 5.557.391 domicílios, representando 84,8% das residências nas favelas, são permanentes e ocupados. A maioria das habitações, cerca de 93,3%, são casas, e 86,4% delas têm acesso à rede de água. O sistema de esgotamento sanitário cobre 74,6% dos lares nas favelas, enquanto a coleta de lixo atende 96,7% das residências. Para garantir uma cobertura abrangente, o Censo 2022 foi realizado com a implementação de melhorias tecnológicas e um diálogo mais próximo com organizações que atuam nas favelas. Os dados coletados estão disponíveis no portal do IBGE, além de serem acessíveis em plataformas interativas, permitindo uma análise mais detalhada das condições de vida nessas comunidades.

 

Fonte: Jovem Pan

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