No aguardo de uma definição da presidente Dilma Rousseff em torno do futuro da Caixa Econômica Federal, o Cruzeiro não descarta ter mais de um patrocinador máster e fazer rodízio entre eles em sua camiseta nesta temporada. A princípio, o presidente Gilvan Pinho Tavares se mostra reticente à possibilidade, mas pode se ver forçado a aceitá-la diante da dificuldade de encontrar um substituto para o BMG em 2015.
O clube não esconde que a sua prioridade é a negociação em Brasília.
Membros de seu Conselho Deliberativo contam, no entanto, com trânsito na Caixa e asseguram que as mudanças temidas na diretoria do banco estatal deverão, mesmo, acontecer, incluindo a saída de seu atual presidente, Jorge Hereda, reconhecidamente ligado ao futebol.
Em discurso recente, o novo ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, cometeu um deslize ao se referir a Hereda como "ex-presidente" da instituição. A expectativa é de que ele seja substituído pela ex-ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
O Cruzeiro, que perdeu o contrato de R$ 15 milhões do BMG nesta temporada, ficaria, assim, mais distante do acordo de R$ 20 milhões anuais que costurava para os próximos meses – as mudanças repercutiriam, consequentemente, nos demais clubes do país.
O rodízio em seu uniforme surgiria, então, como plano B.
"É uma possibilidade que não pode ser descartada. Depende de receita e rentabilidade. Se exigirmos eventualmente um contrato de R$ 25 milhões e a empresa não tiver, ela pode pegar R$ 5 milhões e, assim, repetirmos o mesmo com outras. Essa é uma alternativa, mas é difícil trabalhar com patrocínios pontuais por jogos, o presidente gosta de fechar contratos por no mínimo um ano", afirma o diretor comercial celeste Robson Pires ao ESPN.com.br.
O departamento é criticado internamente por fechar apenas acordos casados com o rival Atlético-MG.
O clube alvinegro já acertou, no entanto, com a construtora MRV Engenharia para substituir o banco BMG em 2015. A equipe também mantém conversas em Brasília para tentar fechar com a Caixa.