Dólar vira e passa a operar em baixa, à espera do Copom

Reprodução/BankNoteWorldViagens aos EUA ficam inviáveis com alta do dólar

Viagens aos EUA ficam inviáveis com alta do dólar

O dólar virou a passou a operar em baixa ante o real nesta quarta-feira (3), com investidores aguardando mais detalhes sobre quais medidas serão tomadas pela próxima equipe econômica e em dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).

Às 13h, a moeda norte-americana recuava 0,82%, a R$ 2,555.

O dólar fechou em alta na terça-feira (1), com investidores na expectativa quanto ao possível fim do programa de intervenções no câmbio do Banco Central. A moeda norte-americana subiu 0,67%, a R$ 2,5757.

Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta, ainda à espera da votação do projeto que derruba a meta fiscal de superávit do governo, prevista para hoje.

Nesta manhã, o Banco Central dá continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, ofertando até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólar, com vencimentos em 1º de junho e 1º de setembro de 2015. O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de janeiro, que equivalem a 9,827 bilhões de dólares, com oferta de até 10 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 10% do lote total.

De acordo com o ValorOnLine, no exterior, o dólar bate os maiores níveis desde março de 2009 contra uma cesta de divisas e renova máximas em vários anos contra o euro, o iene e o dólar australiano. O mercado ainda reage a comentários feitos na véspera por autoridades do Federal Reserve, que reforçaram leituras de que 2015 será ano de aumento de juros nos EUA.

No Brasil, segue o debate em torno da política econômica. Os mercados de modo geral reagiram bem às expectativas e à posterior confirmação de Joaquim Levy, Nelson Barbosa e Alexandre Tombini na equipe econômica. O anúncio de uma meta de 1,2% de superávit primário para 2015 também foi bem visto, uma vez que demonstrou a intenção de se fazer uma política fiscal mais crível e transparente.

No entanto, a ausência de detalhes sobre como a meta será cumprida e a demora na definição de nomes para o Tesouro Nacional e o BNDES, junto com um quadro de economia ainda estagnada e a deterioração nas expectativas para a zona do euro e a China, acabou gerando dúvidas sobre a capacidade e disposição do governo de adotar uma política econômica mais austera.

Essas dúvidas podem aumentar caso o Banco Central não entregue a alta de 0,50 ponto percentual inteiramente projetada no mercado de DI. Um acréscimo menor poderia frustrar expectativas de um BC mais comprometido no controle de preços, o que por sua vez teria impactos sobre a credibilidade da nova equipe econômica.

Fonte: G1

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