A Bovespa caiu mais de 3% nesta segunda-feira (8), em meio à forte queda das ações da Petrobras, que terminaram o dia na menor cotação em mais de nove anos, com novo recuo forte dos preços do petróleo no mercado internacional.
O Ibovespa fechou em queda de 3,31% a 50.274 pontos. Este é o menor patamar de fechamento desde 1º de abril, quando a bolsa fechou aos 50.270 pontos, em queda diária de 0,29%.
As ações PN da Petrobras despencaram 6,2%, a R$ 11,50, segundo dados preliminares, enquanto os papéis ON da empresa caíram 6,38%, a R$ 10,72, também segundo os dados prévios.
No ano, as ações preferenciais da estatal, as mais negociadas, com prioridade na distribuição de dividendos, acumulam queda de mais de 28%. Já as ordinárias, que dão direito a voto, caíram 30% desde janeiro.
Segundo a consultoria Economatica, o menor valor de fechamento das preferenciais da petroleira até então tinha sido registrado em 28 de novembro de 2005, quando os papéis fecharam a R$ 11,53. Já a mínima de fechamento das ordinárias era de R$ 10,78, em 13 de junho de 2005.
Em Londres, o petróleo Brent chegou a ser negociado abaixo de US$ 66 o barril nesta segunda, conforme segue a expectativa de excesso de oferta após a Opep decidir não cortar a produção.
Além da cotação da commodity no mercado internacional, há expectativa para o balanço não auditado da Petrobras, aguardado para sexta-feira. Dúvidas sobre os impatos das investigações de corrupção envolvendo a empresa também pressionam os papéis da companhia, segundo operadores.
O ambiente externo como um todo foi desfavorável para a Bovespa nesta segunda, após dados da China mostrarem queda inesperada nas importações em novembro, o que afetou papéis de exportadoras de commodities, como Vale e ações de siderúrgicas.
Bancos também sofreram no ambiente de maior aversão a risco e pesaram no índice, com investidores realizando lucros em papéis como Bradesco e Itaú, que acumulam fortes ganhos no ano.
As ações da Rossi lideraram as baixas do índice, com queda de mais de 9%.
Na outra ponta, apenas os papéis da Eletrobras e da Qualicorp fecharam no azul.