Renan recebe proposta para criar Índice Nacional de Transparência dos Legislativos

Agência SenadoRenan recebe proposta para criar Índice Nacional de Transparência dos Legislativos

Renan recebe proposta para criar Índice Nacional de Transparência dos Legislativos

O presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) recebeu nesta quinta-feira (11) do Conselho de Transparência e Controle Social do Senado a proposta do Índice de Transparência do Poder Legislativo. O projeto tem o objetivo de avaliar índices da transparência dos legislativos do país – Senado e Câmara Federal, Assembleias estaduais e Câmaras municipais.

Ao entregar a proposta, o presidente do Conselho, jurista Carlos Fernando Mathias de Souza, afirmou que pesquisa recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que o Senado está em primeiro lugar em transparência entre os órgãos públicos do Brasil. A representante da Transparência Brasil, Natália Alves, também sugeriu mudanças para melhorar o acesso do público às informações sobre as atividades dos senadores no exercício do mandato.

O representante do Instituto Ethos, Jorge Abrahão, destacou a importância do Conselho e do Portal de Transparência do Senado e disse que esses instrumentos podem ser referências para as outras casas legislativas do País. Como representante da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o jornalista Luiz Carlos Azedo, disse que algumas mudanças técnicas na apresentação dos documentos do Senado, no formato PDF, por exemplo, podem melhorar o acesso do público às informações disponibilizadas na Casa.

Renan Calheiros destacou os resultados positivos da modernização administrativa do Senado para a transparência e para a economia dos recursos públicos. “Este é o segundo ano que o Senado não usa a suplementação orçamentária. No ano que passou, nós devolvemos R$ 285 milhões e este ano nós estaremos devolvendo quase a mesma quantidade”, disse o senador.

Renan lembrou que serviços considerados redundantes como o serviço médico do Senado, onde trabalhavam cerca de 80 profissionais, foram reduzidos em quase sua totalidade por ser desnecessário devido à existência do seguro saúde para todos os funcionários e senadores. Ele disse que na redução das despesas de pessoal, outro corte importante foi com as horas extras que em 2010 chegou a R$ 63 mi e em 2014 foi de R$ 4 mi.

Índice Nacional de Transparência

O projeto apresentado ao presidente foi elaborado pela Secretaria de Transparência do Senado, incentiva a cultura de transparência no Brasil e permitirá avaliar a evolução dos legislativos brasileiros no cumprimento da Lei de Acesso à Informação (LAI). O programa segue padrões internacionais com a construção de ranking nacional de transparência legislativa – primeiro do gênero no país. Na América Latina, apenas o Chile já realiza ranking semelhante, ao avaliar a transparência dos partidos políticos.

A elaboração de um indicador objetiva estimular, apoiar e divulgar ações e dados públicos, capazes de levar à população o conhecimento de todo o rol de atividades e da administração dos legislativos brasileiros.

De acordo com a proposta, o processo de avaliação deve ser feito em duas fases – de avaliação preliminar e de reavaliação para consolidação dos dados avaliados. Serão analisadas quatro vertentes básicas da abertura de dados expostos por meio eletrônico: Informações sobre atividades legislativas; Informações administrativas; Controle social – atividades pró-interação e participação social; e Adequação aos parâmetros da LAI. A avaliação será feita com conhecimento e participação do organismo avaliado, isso porque o objetivo de construção do índice é incentivar, apoiar e agilizar os processos de transparência legislativa.

Assim, ao final da primeira fase, os índices apurados serão apresentados ao avaliado para que, em tempo pré-determinado, possa corrigir e adequar seus instrumentos de transparência às exigências da lei. Cumprido esse prazo, será então finalizada a avaliação e apresentados os resultados, que permitirão a composição do índice de transparência anual dos legislativos brasileiros.

Inspirado em modelos internacionais – e já em fase de testes –, o projeto será executado por grupo de trabalho envolvendo parceria da Secretaria da Transparência, ILB/Interlegis e organismos da sociedade civil, com início previsto para 2015. Em processo crescente, a avaliação anual de transparência deverá alcançar todos os legislativos brasileiros até o limite previsto na LAI para a obrigatoriedade da abertura de dados – as Câmaras dos municípios com mais de 10 mil habitantes.

Fonte: Assessoria

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