Vice-governador apresentar raio-x do Estado; 82,92 % do orçamento está comprometido

Alagoas24horas

Governador Renan Filho e a equipe de transição

A equipe de Transição do governador eleito Renan Filho (PMDB), coordenada pelo vice-governador, Luciano Barbosa (PMDB), apresentou na tarde desta sexta-feira (19), um raio-x dos números de Alagoas encontrados durante os trabalhos com as equipes de transição. O encontro com a imprensa aconteceu no Edifício Barão de Penedo, no Centro.

Antes da apresentar os dados, o governador eleito Renan Filho ressaltou que as informações não se tratavam de uma avaliação do Estado e sim uma exposição do que foi encontrado pela equipe e aproveitou para agradecer pelo trabalho. “Será apresentado aqui uma exposição dos números do Estado. A partir deles, vamos fazer um plano de trabalho para os primeiro cem dias de governo. Aproveito para agradecer a equipe pelo trabalho”, disse o governador eleito, antes de se ausentar.

Coordenador da equipe de transição, o vice-governador iniciou reiterando que não era um diagnóstico e sim uma prospecção dos principais pontos encontrados que irão auxiliar o governador na gestão. Entres os apontados como prioridades, economia, educação, saúde, segurança e orçamento público.

Orçamento público

Luciano Barbosa iniciou apresentando dados do orçamento do Estado, um montante de 8,5 bilhões. De acordo com o relatório, 82,92% deste valor está comprometido com gasto com pessoal (49,83%), complementação da folha de inativos (10%); dívida pública (13,7%) e transferência para outros poderes (9,38%). Apenas 17,08% do valor do orçamento é o que sobra para o governo administrar o estado por um ano. “Esse comprometimento da receita foi, para gente, uma surpresa negativa e vamos ter que conviver com isso. Está acima do que é permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 49%. Alguns outros números já conhecíamos porque são de domínio público e divulgados pela mídia”, disse o vice-governador.

Educação

Colocada como principal foco da gestão do governador eleito, a educação do estado apresenta os piores índices. De acordo com o relatório, o Estado tem o pior índice de analfabetismo do país, com 21,6%. Além disso, as notas no Índice Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica também não alarmantes. No ensino fundamental, a nota foi de 3,1. Já no nível médio, de responsabilidade da rede estadual de educação, o índice foi ainda menos, com 2,6.
“São números extremamente preocupantes porque é o futuro do nosso Estado. É um grande constrangimento e uma dívida social que Alagoas possui com seus filhos. A Educação é uma prioridade da gestão e precisamos resgatar nossos jovens”, disse Barbosa.

Saúde

Na saúde, os números apresentam uma melhora. A mortalidade infantil teve uma queda e Alagoas está na 4ª posição no Nordeste. A atenção básica também apresentou melhora e a expectativa de vida é de 70 anos. “Em relação à expectativa de vida, está ligada à violência. Nós perdemos muitos jovens e isso impacta na análise”, explicou o coordenador da transição.

Homicídios
Em relação ao número de homicídios, Alagoas é o Estado onde mais se mata no país, com uma média de 64,6 a cada cem mil. “Estamos na pior posição do país e os dados são alarmantes. Precisamos combater esses índices”, disse.