Após 11 mortes de cães, ato pede instalação de delegacia especializada

Alagoas 24horasAto marca protesto contra envenenamento de 11 animais no Neafa

Ato marca protesto contra envenenamento de 11 animais no Neafa

Após o atentado contra animais do Núcleo de Educação Ambiental Francisco de Assis (Neafa) no último dia 25 de dezembro, em que 30 cães foram envenenados, uma manifestação foi organizada em frente à sede do Neafa, na Rua dos Bandeirantes, no Farol, para exigir a punição dos responsáveis.

Diversos membros da sociedade civil participaram do protesto. A organização que opera sem auxílio do governo elaborou um abaixo-assinado em que solicita da Polícia Civil a criação de uma delegacia especializada para crimes ambientais.

“Queremos que a polícia investigue o caso. Registramos um boletim de ocorrência ainda no dia 25, mas acreditamos que sem uma delegacia especializada tudo pode ficar demorado”, alerta a veterinária Evelynne Marques. “Por isso fazemos um apelo para a população ajudar. Quem souber, ou quem viu pode ajudar, temos o aparato da lei que classifica o crime como ambiental”, ressalta.

A Lei citada por Evelynne é a 9605/98 que prevê os maus-tratos de animais como crime. As penas são determinadas pela gravidade da atitude, podendo ir de três meses de detenção até um ano. Uma multa também é prevista no processo.

Atualmente, 11 cães permanecem em estado de observação no instituto, sendo outros três em estado grave e que recebem atendimento 24 horas por dia. Outros 11 morreram em decorrência do envenenamento ocorrido durante o Natal. “Esperamos ainda um laudo para saber se a morte dos cães foi somente por conta do tóxico", diz a veterinária. "Para um veterinário a pior coisa que tem é enfrentar um envenenamento porque a situação é muito sofrível para o animal”, destaca Evelynne.

Esse não foi o primeiro ataque ao instituto. De acordo com funcionários, o Núcleo já recebeu diversos ataques de pessoas contrárias ao funcionamento da ONG, que permanece sediada em uma área residencial. Bombas e fogos de artifícios já foram lançados na localidade com o intuito de assustar os animais que permanecem no pátio. “Sim, é numa área residencial, mas ainda existem instâncias como o Ministério Público Estadual que podem ser recorridas por essas pessoas e não justifica uma agressão”, ressalta a veterinária.

Núcleo existe desde 2003

O trabalho do Neafa é realizado por voluntários. Atualmente o abrigo conta com cerca de 60 animais e presta serviços clínicos e cirúrgicos para o tratamento de doenças.

Na última sexta-feira (27), o secretário municipal de Meio Ambiente, David Maia, se reuniu com o fundador do instituto, o professor Ismar Malta Gatto. A secretaria ficou de estudar uma maneira de dar apoio governamental ao Neafa para estender o serviço por toda a cidade e evitar novos atentados.

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