Santa Casa de Maceió é destaque em conferência internacional

Ascom Santa CasaA oncologista Carolina Záu, a farmacêutica Lizete Vitorino e os posteres com os resultados dos estudos expostos na SQua2014

A oncologista Carolina Záu, a farmacêutica Lizete Vitorino e os posteres com os resultados dos estudos expostos na SQua2014

Dois trabalhos científicos realizados na Santa Casa de Maceió participaram da 31ª Conferência Internacional da Sociedade Internacional de Qualidade em Saúde (ISQua 2014). Eles foram escolhidos junto com outros 400 projetos selecionados pelos organizadores do evento. Realizada no Rio de Janeiro, no início de outubro, é a primeira vez que a ISQua ocorre num país da América Latina.

Um dos trabalhos inscritos foi “A vulnerabilidade dos pacientes com câncer e os cuidados paliativos como um sistema de proteção”, de autoria da oncologista Carolina Záu, da enfermeira Acleydna Fernandes e da psicóloga Martha Pontes.

O segundo estudo apresentou os benefícios e o impacto da implantação da dose unitária de medicamentos líquidos orais em pacientes pediátricos. O trabalho é assinado pela farmacêutica Lizete Vitorino, coordenadora do Serviço de Farmácia da Santa Casa de Maceió, a farmacêutica Michelle Cristina e a médica Tereza Tenório, gerente de Riscos e Práticas Assistenciais.

Os pôsteres com os dois trabalhos foram expostos na ISQua 2014 e foram apresentados pela oncologista Carolina Záu e pela farmacêutica Lizete Vitorino, que viajaram até o Rio de Janeiro representando a Santa Casa de Maceió. Diretores de hospitais e profissionais das duas áreas – oncologia e farmácia – demonstraram interesse nos resultados obtidos pelos dois estudos.

“O diretor de um hospital se mostrou interessado em nossa pesquisa e afirmou que iria levar a proposta para implantar o francionamento de doses diárias em seu hospital”, lembrou Lizete Vitorino.

Cuidados paliativos

Conforme explicou a oncologista Carolina Záu, o estudo “A vulnerabilidade dos pacientes com câncer e os cuidados paliativos como um sistema de proteção” buscou descrever o perfil dos pacientes atendidos na Unidade Cônego João Barbosa Cordeiro, especializada no cuidado paliativo a pacientes oncológicos.

O levantamento abrangeu 104 pacientes atendidos no período de agosto a dezembro de 2013.

“O estudo revelou que 100% dos pacientes se encontravam com a qualidade da autonomia diminuída e em estado de vulneração, visto que estavam afetados por uma doença grave e que ameaçava a própria vida”, disse Carolina Záu.

Dentre os sinais e sintomas encontrados na admissão, os mais prevalentes foram: dor (66%), astenia (63%), dispnéia (16%), alteração neurológica (12%). Dentre os pacientes atendidos, 43 receberam alta e 61 foram a óbito.

Por meio de indicadores específicos, observou-se que após a execução do plano terapêutico, verificou-se melhora em 32 pacientes e 11 mantiveram-se inalterados durante toda internação. “Esses resultados só foram possíveis devido ao trabalho transdisciplinar direcionado a cada paciente e familiares”, concluíram a psicóloga Martha Pontes e a enfermeira Acleydna Fernandes.

Farmácia

Um dos objetivos do estudo realizado pela farmacêutica Lizete Vitorino foi mensurar o impacto da implantação do fracionamento de medicamentos no Serviço de Pediatria da Santa Casa de Maceió.

O trabalho revelou que o fracionamento de doses unitárias para pacientes pediátricos reduziu em 13,8% os custos com medicamentos entre 2012 e 2010. No mesmo período, o hospital registrou um crescimento de 77,5% na produção de doses unitárias passando de 14.215 doses unitárias em 2010 para 25.232 em 2012.

A redução dos valores financeiros corresponde ao volume de compras de medicamentos líquidos orais (excetuando-se os antimicrobianos e substâncias utilizadas para higiene oral).

“A implantação do sistema de distribuição de medicamentos por dose unitária comprovadamente diminui os custos em medicamentos, contribui com a regularização dos estoques e diminui as perdas, também contribuindo para a segurança dos pacientes. Os custos iniciais para implantar e manter este sistema não devem ser considerados como obstáculo, pois são claramente compensados pelos benefícios alcançados, tanto econômicos como na assistência”, concluiu Lizete Vitorino.

Fonte: Santa Casa

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