Grupo ligado à al-Qaeda assume autoria de ataque que matou brasileira em Beirute

Estado Islâmico do Iraque e do Levante alertou sobre novos atentados contra o Hezbollah e seus aliados.

SHARIF KARIM / REUTERSMultidão acompanha o enterro da brasileira Malak Zahwi e de sua madrasta, Iman Hijazi, mortas no atentado com um carro-bomba na quinta-feira, em Beirute

Multidão acompanha o enterro da brasileira Malak Zahwi e de sua madrasta, Iman Hijazi, mortas no atentado com um carro-bomba na quinta-feira, em Beirute

Uma declaração em nome do grupo militante Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), ligado à al-Qaeda, assumiu a responsabilidade neste sábado por um atentado suicida no reduto do Hezbollah no sul de Beirute, que matou pelo menos seis pessoas há dois dias, incluindo uma brasileira.

A suposta alegação do EIIL, que também alertou sobre novos ataques, foi feita em um comunicado respondendo a uma ofensiva contra o grupo nos últimos dois dias por forças rivais no norte da Síria, com a morte de dezenas de pessoas.

O comunicado disse que os combates na Síria haviam sido lançados num momento em que o Estado Islâmico tinha “violado as fronteiras e penetrado o sistema de segurança do Partido de Satanás no Líbano”, uma referência irônica ao Hezbollah, cujo nome significa Partido de Deus, em árabe.

O EIIL disse ter “atingido o reduto na chamada zona de segurança nos subúrbios ao sul de Beirute na quinta-feira … na primeira e pequena parcela de uma conta pesada que aguarda esses criminosos”.

Se confirmada, essa será a primeira vez que o EIIL reivindica a responsabilidade por um ataque em Beirute, que sofreu uma onda de atentados desde o verão passado, principalmente visando o Hezbollah e seus aliados.

A adolescente brasileira Malak Zahwe, morta na explosão do carro-bomba em Beirute, foi enterrada na sexta-feira no Líbano, com uma multidão acompanhando o cortejo que levou o seu caixão e o de sua madrasta. O ataque, que matou ao todo seis pessoas e deixou 66 feridas, ocorreu seis dias após a morte de Mohammed Chatah, um importante líder sunita no país.

As ações terroristas são vistas como um sinal de que o aumento da violência decorrente da guerra civil na Síria entre as duas maiores correntes do Islã contagiou a já turbulenta cena política libanesa, com governo provisório desde março.

Fonte: O GLOBO

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