Procon suspende atendimento em dois bancos por tempo de espera

Alagoas24horasRodrigo Cunha explixa motivos da interdição em agências bancárias

Rodrigo Cunha explixa motivos da interdição em agências bancárias

O tempo máximo de espera em um fila de banco sempre foi alvo de denúncia por parte de clientes ao Procon-AL. Não é difícil perceber que boa parte das agências em Maceió e no interior não respeita o tempo previsto pela lei municipal. O código prevê um período de espera de 20 minutos em dias normais e de 30 para efetuação de pagamentos.

Por conta do descumprimento e para forçar os bancos a adotarem melhorias nesse sentido, o Procon-AL determinou, durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (26), em sua sede no Centro, a suspensão dos atendimentos de duas agências bancárias do Banco do Brasil na Rua do Livramento, também no Centro, e do Bradesco, em Jaraguá.

A interrupção na atividade chega após o órgão constatar que dentro de um prazo de oito anos nenhuma medida foi tomada para reverter a situação. “Foi uma intervenção de 24 horas nas duas agências que mais tiveram denúncias de irregularidades vindas do consumidor como também do próprio fiscal que atestou. Todas elas foram notificadas antes, nenhum foi pego de surpresa, prazos foram dados e nenhuma fez as correções necessárias. Foram aplicadas advertências e multas como a lei manda, mas nada teve efeito, restando assim senão outra saída que não fosse essa através de uma suspensão temporária”, avisa Rodrigo Cunha, superintendente do Procon-AL.

A equipe de fiscalização do órgão constatou nos últimos meses durante a Operação Fila Nunca Mais que o tempo de espera chega a ser próximo de uma hora, enquanto que em cidades como Arapiraca, o registro é de quase 3 horas para que um cliente seja atendido no caixa. “Foi identificado que as agências necessitam de mais investimento em funcionários”, justifica Rodrigo
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De acordo com o apurado pelo Procon, a agência do Banco do Brasil recebeu mais de 60 autos de infração, sendo a campeão de irregularidades seguida pelo Bradesco com 45 autos, Itaú com 35 e Caixa com 25 autos. “Queremos que o consumidor contribua e fique do nosso lado. Sabemos de imediato que a população possa sentir um pouco, mas tenhoo a certeza de que os bancos irão olhar de uma forma diferente para o consumidor alagoano”, diz Rodrigo que alerta ainda para os perigos da “passividade” dos consumidores em não denunciar as irregularidades.

Como os atendimentos, o Procon-AL informa ainda que terá o apoio da Polícia Militar para auxiliar o cumprimento da determinação. “Caso a situação não se modifique isso pode se agravado e se tornar uma ação civil pública”, avisa.

Bancários apoiam decisão do Procon-AL

Em nota divulgada para a imprensa ainda durante na manhã de hoje, o Sindicato dos Bancários de Alagoas manifestou apoio irrestrito a decisão de fechamento das agências Bancárias. Segundo o diretor de comunicação da entidade, Juan Gonzalez, o descaso dessas e outras unidades com a população passou da conta e os órgãos fiscalizadores não podem mais admitir que eles continuem desrespeitando as leis que prevê tempo nas filas, criação de tapumes e atendimento ao usuário.

Ainda de acordo com a nota, o sindicato teria atuado em conjunto com o Procon-AL no ano passado e denunciado as irregularidades. Não adianta só autuar e multar os bancos, porque eles pagam valores irrisórios, isso quando não recorrem da penalidade. O banco só sente quando é fechado ou interditado”, diz Jairo França, presidente da entidade.

A classe critica ainda a falta de segurança dos bancos envolvidos já que os constantes casos de arrombamentos, explosões e assaltos são registrados semanalmente em agências do interior do estado.
Em entrevista recente ao Alagoas 24 Horas, o presidente denunciou que cada agência escolhe seu método de segurança, sem uniformidade, algumas agências não possuem portas giratórias que servem para detectar metais, como arma de fogo, antes de entrar na unidade.

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