Após cerca de dez horas de protesto de policiais civis no Porto de Maceió, proprietários de postos de combustíveis já começam a falar em desabastecimento. Apesar da informação de que as atividades no local não seriam prejudicadas, os caminhões que transportam combustíveis foram impedidos de entrar no Porto e a medida prejudicou o suprimento do produto nos postos revendedores de Maceió e alguns do interior do Estado.
Até o final da tarde a informação estava sendo preservada pelas empresas distribuidoras. Empresários do setor acreditam que 20 postos ficarão sem combustível esta noite e a situação pode piorar em função do acúmulo de pedidos de abastecimento. “Se o bloqueio ao Porto de Maceió durar até amanhã a previsão para que o produto chegue aos postos é de 72 horas. Ou seja, os alagoanos poderão ficar sem abastecer de amanhã até sábado, início do carnaval”, disse o empresário Maurício Cansanção, proprietário de postos localizados no São Jorge e Cruz das Almas.
O Alagoas24Horas entrou em contato com presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas que garantiu, por telefone, que o protesto terminou por volta das 18h. Amanhã, no entanto, retomam a mobilização na Praça dos Martírios, no Centro de Maceió. Os servidores cobram o envio de projeto de lei à Assembleia Legislativa (ALE), para aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCs) da categoria.
Mais cedo a administradora do Porto de Maceió, Rosiana Beltrão, disse que entendia a manifestação dos policiais civis, mas enfatizou os prejuízos sofridos pelas empresas e setores que dependem do Porto para movimentar a economia do Estado.