Usuário só poderá esperar coletivo por 20min, prevê lei municipal

Alagoas24horasSMTT anuncia horários de ônibus na Copa

SMTT anuncia horários de ônibus na Copa

Às 6h55 desta quinta-feira, 10, Charlotte Verne chegou à parada de ônibus para pegar um coletivo que a deixesse próximo ao seu trabalho. A espera ultrapassou uma hora e, sem alternativa, ela foi obrigada a pagar três vezes o valor da passagem para se deslocar do Terminal Rodoviário de Maceió, no bairro do Feitosa, à Avenida Álvaro Calheiros, no bairro da Mangabeiras, de mototáxi.

Essa rotina é enfrentada diariamente pelos usuários do transporte coletivo que, se não bastasse a longa espera – outro entrave – é o percurso e itinerário do ônibus, que em relação ao mototóxi, enfrentam desvantagem. “Todas as vezes chego atrasada no trabalho e, infelizmente, o meu patrão não quer saber e chega a descontar? Além do desconto, também tem o valor do mototáxi pago, no final do mês todo esse dinheiro faz uma grande diferença”, desabafou a usuária.

Pelo menos em relação à espera, esse entrave pode chegar ao fim se for sancionado o projeto de lei aprovado na tarde desta quarta-feira, 9. De autoria da vereadora Heloísa Helena (PSOL), a lei determina que o tempo de espera pelo transporte público seja de até 20 minutos. O projeto, aprovado por unanimidade pelos pares, será encaminhado ao poder executivo. Para a vereadora, desta forma será reparado o desrespeito contra o usuário do ônibus.

Na prática, ainda não há uma definição de execução e aplicabilidade da lei – caso seja sancionada pelo executivo – mas, de acordo com a vereadora, a fiscalização ficará a cargo da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). A assessoria do órgão destacou ao Alagoas24horas que em nenhum momento o órgão foi procurado e que vai esperar o projeto de lei e o estudo técnico desenvolvido pela Câmara Municipal de Maceió (CMM) – para avaliar o custo geral no sistema de transporte da capital.

Enquanto isso, Verne vê com desconfiança a aplicabilidade e chega a citar o entrave entre o empresariado do transporte público e o poder municipal em relação ao assunto e, ainda, citou como exemplo à licitação. “Isso será ótimo para o usuário, se for aplicado na prática”, disse.

A SMTT disse, ainda, que é preciso considerar as variáveis do transorporte coletivo urbano, como linhas e horários com maior fluxo de passageiros, finais de semana e feriados, além do investimento total para aplicar a lei.

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