Jejum da Solidariedade completa 15 anos com celebração em frente ao Incra

Ésio MeloÉsio Melo

“Repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu, e não se fechar à sua própria gente” (Is58,6). A partir dessa reflexão, a Comissão Pastoral da Terra (CPT/Alagoas) passou a realizar há 15 anos um jejum público em solidariedade às pessoas que passam fome e outras necessidades no mundo, em particular as famílias Sem-Terra.

Com o tema “Dai pão a quem tem fome e fome de justiça a quem tem pão”, a CPT realizará no dia 11 (sexta-feira), em frente ao INCRA, o Jejum da Solidariedade. Com uma Celebração ecumênica, a atividade tem início às 8h e término às 18h. “Convidamos aos alagoanos a se solidarizarem com o povo pobre e oprimido, somando-se ao Jejum e à Celebração durante toda a sexta-feira”, afirmou a Irmã Franciscana e Coordenadora da CPT Cícera Menezes.

Pela paralisia em que anda a Reforma Agrária e pela falta de investimentos no campo, o INCRA será novamente o local escolhido para a realização da reflexão e jejum. Além dos religiosos, alguns Camponeses que luta pela democratização da terra também confirmaram presença.

Esse Jejum agrada a Deus

Isaías, já antes de Cristo, falava sobre a importância da solidariedade e, ao mesmo tempo, defendia o Jejum em prol de quem passa fome e sofre com as injustiças. “O jejum que eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e desfazer qualquer jugo” (Is 58,6).

Em Alagoas, o primeiro Jejum público aconteceu em 1999, numa sexta-feira que antecedeu à Semana Santa. À Frente do INCRA se reuniram Agentes Pastorais, Religiosos e Padres com um altar de lona preta, cruzes e pratos vazios, simbolizando o drama das famílias Sem Terras acampadas em todo o Estado de Alagoas.

O ato de profissão de fé foi ao longo dos anos se fortalecendo com a reflexão bíblica e de temas gerais, sempre tendo como foco os empobrecidos da terra; com a participação dos camponeses e de outros trabalhadores; e com a presença de pastores da Igreja Batista do Pinheiro. No fim da celebração é sempre compartilhado o pão e o vinho, sinais de esperança em meio a tanta dor.

Fonte: Ésio Melo

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