Semana Santa mantém simbolismo, apesar do apelo comercial

Alagoas24HorasIgreja católica comemoram Semana Santa

Igreja católica comemoram Semana Santa

A Semana Santa iniciou de fato para os adeptos do cristianismo, e, a partir desta quinta-feira maior, ou da paixão (17) atinge o seu real sentido, encerrando-se no domingo de páscoa. Para os cristãos, essa época de penitência, jejum e oração, que são elementos de renovação da fé no messias esperado pelos judeus, que instituiu uma nova religião que completa dois milênios e foi responsável pela mudança do curso da história da humanidade, o cristianismo.

Essa data simbólica que envolve – comercialmente e religiosamente – a sociedade é vista de maneiras diferentes por pessoas que não cultuam a mesma fé promulgada pela Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR). Nesta época, a economia em torno dos pescados, frutos do mar e dos chocolates movimentam a economia do país e, para muitos, é apenas um instrumento comercial.

Isso porque – por tradição – os cristãos não fazem o consumo de carne vermelha. Para muitos fiéis, os tradicionais, isso se prolonga durante toda a quaresma, iniciada após a festa da carne, o carnaval, precisamente na quarta-feira de cinzas. Como é o caso de dona Luzia Santana, devota de Nossa Senhora da Fátima, que durante seus quase 90 anos segue a tradição já seguida por seus familiares.

Para ela, o ato de comer carne vermelha durante o período de preparação para o maior ato de fé cristão é um desrespeito “para com o salvador”. Segundo ela, isso foi aprendido ainda enquanto criança na pequena igreja situada no município de Jequiá da Praia, a 68 km de Maceió.

Já os cristãos católicos modernos apenas aderem à tradição durante a semana santa, mais especificamente na quinta e sexta da paixão e sábado de aleluia. O que, segundo Luzia, não é quebra da tradição cristã, mas uma nova forma de viver a fé. “Pois muitas coisas foram esquecidas e essa é uma forma de não deixar morrer a tradição”, enfatizou.

Porém, nem todos pensam da mesma forma. Para o comunicólogo Jean James, a data é apenas comercial. “A semana santa e a páscoa têm a intenção de aumentar as vendas do mercado com a distribuição de ovos e a comercialização do peixe e outros alimentos característicos da data. Para mim não influencia em nada porque já sou vegetariano e não faço ingestão de nenhum tipo de carne”, enfatizou.

Mesmo tendo sua formação pessoal com base no cristianismo protestante, isso não muda em nada a rotina diária de James, inclusive, “é um feriado a mais para descansar”.

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