Violência e trauma respondem por 4 em cada 10 doações de órgão

Novos números mostram que em oito Estados os casos violentos são a principal causa da morte cerebral dos doadores.

Reprodução/MB/Futura PressFamília de Daniela Nogueira Oliveira decidiu doar os órgãos da grávida baleada na cabeça

Família de Daniela Nogueira Oliveira decidiu doar os órgãos da grávida baleada na cabeça

Dos 1.881 doadores de órgãos registrados no Brasil, 40% tiveram morte cerebral (750) – condição imprescindível para a doação – por conta de tiros, acidentes de carro, motos e outros traumas violentos.

A decisão da família de doar os órgãos de Daniela Nogueira de Oliveira, 25 anos, a grávida que não sobreviveu após ser baleada na cabeça em São Paulo, entra para esta estatística. A história da paulistana exemplifica: quatro em cada dez doadores – figuras essenciais para os transplantes brasileiros que salvam vidas – são vítimas de episódios violentos no País.

O ator da TV Globo Duda Ribeiro recebeu um fígado doado por um adolescente de 17 anos vítima de um acidente de carro.

“Agradeço a família pela generosidade em me manter vivo”, disse ele ( leia aqui a história ).

Maria Augusta Silva dos Anjos também só sobreviveu a uma doença cardíaca grave após receber o coração de Eloá – a garota morta pelo ex-namorado durante um sequestro acompanhado por todo Brasil.

“Serei eternamente grata a este gesto de amor”, disse Maria Augusta. ( Veja a história).

Os números de doadores que sofreram traumas encefálicos acabam de ser tabulados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e são referentes ao ano de 2012.Em oito Estados do País (Rio Grande do Norte, Pará, Paraná, Piauí, Bahia, Ceará e Espírito Santo) estes traumas lideram os motivos de morte cerebral. No restante, o acidente vascular cerebral (AVC) representa a principal causa .

Fonte: iG

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