Igreja Nova decreta estado de emergência

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Igreja Nova decreta estado de emergência

A Prefeitura de Igreja Nova decretou situação de anormalidade administrativa no município situado no Baixo São Francisco alagoano. A medida tomada pelo Prefeito José Augusto Sousa Santos (PDT) tem prazo de 90 dias, sendo necessária para regularizar a prestação de serviços essenciais e viabilizar ações administrativas, principalmente nas áreas de saúde e assistência social.

O Prefeito Augusto rescindiu contratos temporários de prestação de serviços e suspendeu pagamentos herdados da gestão passada. Ele determinou ainda o retorno de todos os servidores aos seus postos de trabalho de origem, exonerou cargos comissionados e a realização de inventário em cada Secretaria, levantamento para identificar a situação encontrada, inclusive sobre documentação.

As ações foram tomadas quarta-feira, 09 de janeiro, início da segunda semana de trabalho da nova administração que se depara com o caos administrativo deixado pelo governo anterior. Professores do Ensino Fundamental não receberam o salário de dezembro, débito de R$ 269.811,89. As contas do chamado “restos a pagar” chegam a R$ 110 mil reais e por falta de recolhimento ao INSS do percentual sobre o 13º salário do funcionalismo, o primeiro repasse do FPM para Igreja Nova perdeu R$ 282.549,28.

Descaso

O descaso da gestão passada com Igreja Nova gera transtorno imediato para a população. O almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde está com estoque muito baixo, desde remédios de uso contínuo até insumos básicos como esparadrapo, seringa, álcool e soro. A situação atinge pacientes do CAPS, portadores de transtornos mentais que ficaram sem medicamento controlado. As gestantes também foram prejudicadas porque não há sulfato ferroso e nem ácido fólico no estoque da farmácia.

A falta de material também afeta o atendimento no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO). Não há mais revelador para realizar raio-x nos pacientes. Além desses casos que exigem solução imediata, problemas na estrutura física precisam ser corrigidos, principalmente nos povoados. Cerca de 80% dos 23 mil habitantes de Igreja Nova residem na zona rural do município.

Na cidade também há provas do descaso com o patrimônio público. Os prédios do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e do CEO estão infestados por cupins, com situação pior no CEO, também afetado por infiltrações e alagamento decorrentes das chuvas. Para piorar, as caixas d’água que abastecem os dois setores não eram higienizadas, o que compromete a qualidade da água utilizada no CEO e no NASF.

Já na sede da CAPS há rachaduras que colocam em risco funcionários e pacientes do setor onde foi registrado um grave exemplo da falta de respeito do antigo gestor com o povo de Igreja Nova. O freezer que armazenava 97,5 quilos de carne foi desligado, o que causou a perda total do alimento. Além da carne, a Vigilância Sanitária encontrou 30 pacotes de milho para mungunzá com prazo de validade vencido.

Fonte: 7 Segundos com assessoria

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